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O Grito

Jul 9th, 2005 by

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Posted in Arquivos Christiana Nóvoa

8 Responses to “O Grito”

  1. Clarice says:
    09/07/2005 at 8:24 pm

    Mais forte que qualquer escrito.
    A gente chora todos os dias por tanta gente, não é?
    Os poderosos enroscam os dentes e vão abrindo buracos no nosso coração.
    Imagens perfeitas para mais uma dor.
    Abraço, menina!

    Reply
  2. Laurinha says:
    10/07/2005 at 10:11 am

    Nossa, que estranho! Realmente, a semelhança é bizarra!

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  3. christiana says:
    10/07/2005 at 3:36 pm

    O que me intriga nessa imagem da mulher de rosto coberto é que ela carrega uma certa comicidade perversa, já que a máscara parece sorrir. Mas na verdade, nós sabemos que aquele aparente e acidental sorriso na verdade esconde o horror de uma pessoa que teve o rosto queimado por um ato brutal, uma mulher que não sabe com que rosto há de se ver no espelho, daqui por diante. Então o quadro do Munch, pra mim, parece revelar o grito escondido debaixo do esgar bestificado do assombro. Às vezes a vida imita a arte de um modo assustador.

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  4. palomadawn says:
    10/07/2005 at 6:37 pm

    Grande Chris: a diferença entre olhar e ver é esta. Olho mágico!

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  5. Patrícia Köhler says:
    10/07/2005 at 8:32 pm

    Christiana…eu li aquele texto em que você narra a epopéia para se entender com as suas madeixas ao longo da vida. Olha, me identifiquei tanto em tantos momentos que até assustou. Digo, com a sua adolescência, pois meus cabelos são lisos como os de uma índia. E durante toda minha infância e adolescência foram compridos. Ou seja, o que me diferenciava dos meninos era justamente o cabelo.
    Mas esta diferenciação pára por aí. Pois de resto eu era, assim como você, ‘a melhor amiga dos meninos’. Não sei exatamente os motivos, mas acho que é porque eu sempre tive um jeito meio menino de ser. Adorava andar com eles, não chorava muito quando me machucava (e me machucava quase todos os dias!), nunca fui muito fresca com roupa e outras coisas inerentes às mocinhas. Eu gostava de brincadeirs tipicamente femininas como brincar ‘de casinha’, ‘de escolinha’, mas não hesitava em trocar horas de uma sessão ‘cadeirinha, lousa e aluninho’ por uma bela volta com minha BMX por morros ao lado do meu irmão e mais dez garotos. Ou descer uma ladeira monstro que havia ao lado da minha casa em um carrinho de rolimã. Nem preciso falar que tenho dezenas de cicatrizes e manchas pelas pernas. Quase a noiva do Chuck.
    Mas ainda assim, creio que esta aproximação com o universo masculino desde pequena só me fez bem. Tudo bem que era encarada pela maioria deles como se fosse mais um amigo, fato que comprovava dia após dia, vendo a intimidade com que eles falavam palavrões e sacanagens ao meu lado. Eu achava engraçado. Até hoje acho.
    Me bateu uma saudade daquela época lendo este seu relato…rs…
    Mas olhe, voltando ao tema principal do seu post, tenho certeza que seu cabelo deve ser realmente uma gracinha. Imagino que você já deve ter se irritado com ele em algumas ocasiões, mas espero que hoje em dia tenha aprendido a valorizar tudo em você, inclusive seus cachos.
    Boa semana pra você, seu filhote e sua mãe.
    Um beijo.

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  6. Patrícia Köhler says:
    10/07/2005 at 8:33 pm

    Ah, sim…nem preciso falar que a comparação entre as duas imagens está perfeita. Que mundo cão…

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  7. christiana says:
    10/07/2005 at 10:58 pm

    Paloma, eu achei a associação entre o quadro e a foto até um pouco óbvia, outras pessoas devem ter feito essa relação também. É uma comparação triste mas quase inevitável.
    Patrícia, pelo que você diz , você também tem irmão. Acho que isso ajuda a gente a transitar com certa naturalidade no universo masculino, pero sin perder la ternura jamás. Eu adorava andar com os meninos, mas não aguentava aquela hiperatividade meio tacanha que eles demonstravam em certos momentos.Adorava aquele universo de mulherzinha, mas certas frescuras das meninas pareciam irritantes. Na verdade, eu sempre quis o melhor de dois mundos :o)
    Mas não é mesmo um equilíbrio que a gente tem que buscar? Não tem nada pior que um ultra-macho ou uma super-fêmea, são seres deformados e às vezes até perigosos como, aliás, costumam ser nocivos os radicais de quaisquer espécie. Ih, esse papo rende. Mas valeu mesmo,sua leitura é um grande estímulo para mim, até porque você também escreve, aliás muito bem! E agradeço pelos seus bons votos para minha família, tudo de bom pra você também, e para os seus.
    Beijos.

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  8. Gejfin says:
    12/07/2005 at 2:24 pm

    Perfeito. :)
    Bj!

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