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Monthly Archive for June, 2011

sísifo

. o seu desleixo rolou pelo meu queixo como um seixo .

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pois ia

/ todo torpor é por enquanto , e quando por desencanto os sonhos e o corpo discordam , laços desmancham os nós das cordas que acordam o dia ; e mundos vêm ao chão que a morte não adia e um dia não há dia mais não ; e se nem é tarde , o […]

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, a mata ecoa murmurinhos que a rua acua e mata , refúgio da crua e rústica colcha acústica . .

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corpuschristi

  meu corpo aflito só tem fé nos elementos   tenho pressa meu reino não é deste distrito   nada menos que o sangue infinito me atravessa   . . .

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* o breu transborda ; noite longa dá corda no relógio de sol .

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lição de anatomia

\ a dor é dura lâmina que me retalha a ânima em fatias muito finas , árdua finura que a minha mortalha fria examina sem qualquer intuito de cura . .

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deus é humor

, sangro e sorrio e se choro um rio rio mais forte , se ardo em frangalhos mais eu gargalho por cada poro , mas se a dor não passa o riso perde a graça e eu coro  , , , inspiro mais fundo e rio de morte humoribundo .

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lei da gravidade

– tudo o que é grave pesa sobre o ar ; já o que é agudo lesa sob a tez , desfere brasa , fere a asa da ave , leve , apesar das leis . . .

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cervical

. dói-me o pescoço de pensar sob o peso de ser leve e o prolongado esforço de ser breve .

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  , em última análise eu sempre prefiro uma fotossíntese .

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sacerd’ócio

  poesia não é um vício , é o pleno e são exercício dos ócios do ofício .

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filme noir

  se o diretor sou eu, posso ser feliz pra sempre nos braços de morfeu ?

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  pinga-me um lírio nos cílios ; poesia é o melhor colírio .

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