a goela
Posted in Uncategorized on Sep 8th, 2023
, a folha em branco é um livro cheio de nada escrito , um buraco negro engolindo a palavra grito
Posted in Uncategorized on Sep 8th, 2023
, a folha em branco é um livro cheio de nada escrito , um buraco negro engolindo a palavra grito
Posted in Uncategorized on Jun 25th, 2023
a bruxa não deixa brechas o que sabre fecha o que mira flecha o que puxa dobra o que almeja obra o que abjura racha o que obscura acha o que abraca dabra o que beija abraxas
Posted in Uncategorized on Mar 7th, 2022
nesse dia da mulher em plena guerra não tô de prosa vê se me erra ! nem vem de rosa porque eu tô flicts ; se bem-me-quer faz um favor : não mande flor manda um pix .
Posted in Uncategorized on Nov 30th, 2021
o sentido da vidaé um só:de ida.
Posted in Uncategorized on Oct 4th, 2021
todo esperto quando enrica tem uma pessoa jurídica , moça boa despachada muito tino, pouca ética e um nome de fachada , aposta em ação de risco mas do fisco ela não gosta , rica porém não é pura prefere uma dita dura mas jura não faz por mal : “faço tudo por meu bem” […]
Posted in Uncategorized on Sep 12th, 2021
a avenida sem o povo é uma trincheira vazia nada novo: contra a morte só quem pode é a vida e a terceira não há via
Posted in Uncategorized on Jul 27th, 2021
(apupo a borba gato) esta tua figura não tem estatura para estar tão alta esta tua empáfia não tem carnadura para ser tão fátua está tudo torto nesta pobre pátria reina a tua máfia estás tu já morto resta então à história queimar tua estátua
Posted in Uncategorized on Jun 12th, 2021
na vastidão dos dias dessa pena que pesa sobre a cena coletiva eu durmo muito e penso amiúde enquanto espero e permaneço viva vontade de sair quase não tenho se o tédio vem, eu mesma me distraio escrevo um poeminha bem sucinto me dá uma lombra, aí é que eu não saio convivo até que […]
Posted in Uncategorized on Jun 5th, 2021
eu crio deus à minha imagem e semelhança : um deus que dança pra que ele possa criar a mim desde criança até meu fim . e o meio : deus esquisito de um mundo bonito num tempo feio .
Posted in Uncategorized on May 28th, 2021
minha alma tá em brasa aglomerada na esquina a carcaça fica em casa à espera da vacina / confinada entre paredes \ espalhado pelas redes o recado é muito claro : broncossauro genocida o brasil prefere a vida , cada filha cada filho da pátria merece auxílio digno, ou vai ter luta , fora seus […]
Posted in Uncategorized on May 14th, 2021
nu vens nu vais , a vida em teu corpo humano é um pano , a roupa puída da festa que resta estendida nos varais .
Posted in Uncategorized on Mar 28th, 2021
aviso aos navegantes:nada será como antesnessa nossa jornada sob o solsobre o solo,no seiodos lares no leito dos mares,um navio encalhado no meio do canal de suez como um istmo /nada igualneste mundoe o abismo|cada vezmais fundo
Posted in Uncategorized on Mar 24th, 2021
na pós-demia a gente se vêna pós-demia a gente viaja na pós-demia a gente vaià academia na pós-demia a gente se tocaa gente se pegaa gente se entregaà orgia na pós-demia a gente se esfregaa gente aglomera na praça e se abraçatodo dia na pós-demia vai ter natalvai ter páscoa e carnaval são joão e coroaçãode maria […]
Posted in Uncategorized on Mar 19th, 2021
um amigo pedeum poema novoe eu digo agora não sei se consigo só vejo esse povo tensoem luto desvivendo um tempo em suspenso pênsil . tem hora que pede um minuto de silêncio
Posted in Uncategorized on Feb 19th, 2021
lá onde o tempo começa nenhuma lembrança do mal nem promessa de um bem é bom ; só o somdo solme atravessa como um trem .
Posted in Uncategorized on Jan 19th, 2021
envelheço : com a idade tudo muda de figura , a linha da vida da mão que me inscreve , que me costura em mim ; em minha lembrança recém-nascida sou criança , me esqueço que a juventude é breve a velhice dura – até o fim .
Posted in Uncategorized on Jan 14th, 2021
bom dia meu mundo hoje é o trocentésimo enésimo segundo dia da marmota , permaneço ilesa sem passar da porta , mais um dia presa , cada vez mais morta .
Posted in Uncategorized on Jan 12th, 2021
o capital estrangeiro ama o povo brasileiro , nosso solo nosso clima samba suor e cerveja , e pra mostrar sua estima nos corteja como um lorde : não ford nem sai de cima .
Posted in Uncategorized on Jan 6th, 2021
eis que é dia de reis e o que quereis ? receio que por aqui quiçá não mais reinareis , rei que erra reitera rei que perde a majestade rei que ruge rei covarde rei de roma rei que arma rei de espadas de facadas rei que uiva rei que ladra cedo ou tarde cai […]
Posted in Uncategorized on Dec 21st, 2020
ai quem me dera encarnar na quimera de aquário , monstro auto-imaginário besta-fera do ar tifício , mulher de areia respira água e toma fogo na veia , mata o rei e vira o jogo , nasce feia como é feio todo início e morre linda , como a tarde quando finda , como o […]
Posted in Uncategorized on Sep 9th, 2020
dias duros de plutônio minério bruto estrela fria , pandemia do demônio pandemônio do juízo paraíso da pluto cracia , purgatório da história crematório da ciência pandemência coletiva , terra plana da falácia à margem flácida do asfalto , faca cega da calúnia abrindo o ato do palhaço no palácio do planalto . e o […]
Posted in Uncategorized on Jul 4th, 2020
os indecentes do leblon que quadro lindo belos rostos sorridentes cuspindo seus perdigotos sobre o garçom . caras barbudas desnudas na pista caras-pálidas peludas peladas pelas calçadas beldades des-mascaradas faces nuas em sua maldade egoísta . gente esquisita povo do mal moderno que fervilha pelas ruas mais bonitas da cidade maravilha sucursal do inferno . […]
Posted in Uncategorized on Jan 10th, 2020
a arca não é de noé , é de cada bicho um pouco ; o mar é de cada peixe , a nau é de cada louco ; o mundo não é dos eua , a lua não é da nasa , a nave é de cada e.t. que telefona pra casa ; o brasil […]
Posted in Uncategorized on Jul 31st, 2019
penso que o invisível é denso e flexível como uma rolha . que o vazio é imenso como é vasto o verso de uma folha . que o universo é vivo como é viva a bolha quando explode . li que a terra é oca como o céu da boca é lindo quando morde . […]
Posted in Uncategorized on Jul 17th, 2019
, desconfio de quem sabe traz certezas diz verdades , desconfio dos covardes dos convictos dos sofistas , desconfio de quem cita nomes números estatísticas , diz que leu mas não escuta não se enxerga não medita , desconfio dos honestos dos carolas beneméritos , desconfio do presente do futuro do pretérito , desconfio da […]
Posted in Uncategorized on May 21st, 2019
, sucumbo aos demônios ao fosso sem fundo dos neurônios , sucumbo ao jornal o mundo tão mal tão bonito , sucumbo ao bendito cansaço da idade , sucumbo à inutil- idade do poema , sucumbo ao sistema nervoso simpático , sucumbo ao estado civil antidemocrático , sucumbo ao buraco negro da galáxia , sucumbo […]
Posted in Uncategorized on Apr 15th, 2019
saturno anda brabocom sangue nos olhoscom fogo no raborubro do dragão com a faca no denteplutônio na menteespada na cintagilete na mão (bãobalalãosenhor capitão) com marte na ideia com a morte na sombracom um corte na frontecom a sorte na mão nem júpiter salvanossa-dama dalvada hermética chamadessa escuridão (bãobalalãosenhor capitão)
Posted in Uncategorized on Jan 25th, 2019
o país na lama o diabo gosta o mercado ama a bolsa aposta ; bolsa de bosta .
Posted in Uncategorized on Dec 20th, 2018
, me mima me vê menina me espêlha me encara me escaravélha ; minha mãe me ensina a ficar velha .
Posted in Uncategorized on Nov 7th, 2018
“memento mori” lembre que morre (a todo momento) . diga: eu vou. mo.rrer. . hoje é mais um pobre ontem foi seu pai amanhã você . antes de julgar quem quer dar o cu ou fazer aborto , se pergunte o que você vai fazer sem seu corpo morto ? sem seu falo um trapo sua […]
Posted in Uncategorized on Sep 15th, 2018
vai, malandra ; na cama, leoa na sala, mandra .
Posted in Uncategorized on Sep 4th, 2018
(a propósito do incêndio no Museu Nacional da Quinta da Boavista) depois do desleixo somente a pedra flutua sobre os escombros , como se um seixo da lua escorasse a terra nos ombros .
Posted in Uncategorized on Aug 15th, 2018
dormir é um ato político um auto-exílio hipnótico manifesto antropo-lírico contra a prisão dos relógios ilusão, surto narcótico delírio hipnagógico meu anti-artefato bélico rito mágico secreto retro-projetor onírico inutensílio profético retratando a inexistência dos tais sujeitos e objetos filmando a desimportância do meu teatro de afetos meus amores, medos, ódios […]
Posted in Uncategorized on May 25th, 2018
tudo greve nada grave não tem barca vou a remo não tem diesel temos bike não tem deus rezo pro demo perco um amor ganho um like .
Posted in Uncategorized on Apr 28th, 2018
a rua DORME cozinha em ORDEM sozinha eu MEDRO a lua MORDE ,
Posted in Uncategorized on Apr 5th, 2018
lamento que gozes do afã doentio dos algozes do gozo violento do gentio num linchamento da fé malfazeja da mão que apedreja da injustiça cega da multidão que ainda prega um homem na cruz que só atiça a fome de carniça dos urubus e dos patos … não use o nome de jesus pra ser […]
Posted in Uncategorized on Dec 14th, 2017
+ – â nodo cá todo eu tudo ele trodo cor rente conti nua alter nada ta tua na gente ser pente céu rasga or gasma fico vesga fico plasma ab surdo sinto muito eu surto te curto circuito – +
Posted in Uncategorized on Sep 24th, 2017
minha história se demora no relógio do longo agora ; mecanismo sem refúgio onde cismo como um gongo o tempo inteiro ; sem ponteiro sem hora sem saída ; não há vida lá fora .
Posted in Uncategorized on Jul 6th, 2017
a ilha me molha alhures alguém me olha além do arco-íris
Posted in Uncategorized on Jun 20th, 2017
solstício de inverno : ser sol no frio é difícil , nascer é eterno .
Posted in Uncategorized on Mar 7th, 2017
decerto sede excede nome fome papo reto objeto homem some longe esperto come quieto . .
Posted in Uncategorized on Feb 21st, 2017
lição do demo: demo lição
Posted in Uncategorized on Feb 21st, 2017
meu pecado é a preguiça de ir à missa nesse templo de acordar dia atroz dia nesse tempo sem poesia a história nesse passado obscuro nesse agora sem futuro a que voltar , até quando essa miséria até quando ? nós boiando num ponto ao sul desse bólido nesse […]
Posted in Uncategorized on Dec 13th, 2016
, sinto em mim as dores das poetas mortas seus amores tristes seus caminhos vãos , vejo em outras mãos agora tão minhas suas vidas linhas mal-traçadas tortas , e as formas tão certas da sua poesia companhia assídua das noites desertas , página vazia artérias abertas em árdua sangria , a guerra perdida e […]
Posted in Uncategorized on Oct 11th, 2016
se disséssemos tanto pelo não dito se fizéssemos muito pelo não feito se soubéssemos tudo , qual seria o futuro do nosso pretérito imperfeito ?
Posted in Uncategorized on Oct 10th, 2016
numa velha foto minha me vi de dentro pra fora com os olhos que eu tinha , vocês de agora me contem : quanto tempo ainda demora pra ontem ?
Posted in Uncategorized on Sep 20th, 2016
não sou eu que falo a língua é a língua que me lambe lambe as letras do meu nome lambe o leite em minhas tetas lambe o sangue da ferida lambe a vida que é tão pouca que não cabe em minha boca lambe a carne lambe a fome lambe o […]
Posted in Uncategorized on Sep 18th, 2016
, o omisso nunca confessa se prefere isso ou essa , não diz não nem sim faz graça disfarça que tá com pressa , te serve um chá de sumiço casa e muda de endereço só pra não pagar o preço , o omisso sempre sai cedo , o omisso já vai tarde , no fundo o omisso […]
Posted in Uncategorized on Sep 8th, 2016
, no precipício era o verso o universo estava vazio de deus ninguém se ouvia morreu. e o verbo que não poesia fazia frio mas era eu .
Posted in Uncategorized on Sep 2nd, 2016
é golpe sim porque é baixo golpe macho golpe sujo indireto de direita é golpe que desrespeita os votos da maior parte em favor do dito cujo é golpe porque é covarde é gás no olho que arde é cassetete na nuca é golpe porque machuca
Posted in Uncategorized on Aug 22nd, 2016
pra matar um grande amor é preciso ser pequeno e estreito como um punhal , feito de aço e veneno feito de pele e de ossos de gozo e vício , pra golpear sem remorso o mesmo peito onde existe , como um deus cruel que assiste ao seu próprio ritual de sacrifício […]
Posted in Uncategorized on Aug 17th, 2016
morrer é um estado mudo um descansaço de tudo , o peso suspenso num mundo imenso e vazio , o tempo ancorado no fundo macio do espaço .
Posted in Uncategorized on Jul 5th, 2016
o relógio enrosca o tempo com desvelo como fosse um novelo de algodão doce estica um fio de cada pêlo difuso como o fuso de uma roca , não nasci pra ser fiapo nesse pano um dia escapo deste plano num buraco de minhoca
Posted in Uncategorized on Jun 21st, 2016
o sonho é um filme disperso sem continuísta ao sair desta sala não diga jamais hasta la vista quem vos fala nunca mais será vista no universo talvez este verso também não exista
Posted in Uncategorized on May 21st, 2016
vazio é meu nome minha fome é um rio que nasce em você e corre pra trás ; lembrar é morrer nesse leito frio uma vez mais
Posted in Uncategorized on May 3rd, 2016
no seu plano um certo atraso no meu trajeto um engano descaminhos (e a sombra do sol se dobra sobre o oceano que arde) antes tarde que sozinhos. o poente estende o prazo poesia é o tempo que sobra , a gente se encontra por obra do ocaso […]
Posted in Uncategorized on Apr 25th, 2016
a garça aprecia a luz desse dia que passa sem pressa ou lamento seu pensamento atravessa de vento a espessa fumaça da refinaria
Posted in Uncategorized on Apr 20th, 2016
no mundo e nas minhas pregas , acima e embaixo : regras
Posted in Uncategorized on Mar 31st, 2016
meço com o canto do olho a cor do vazio no espelho , recolho um reflexo frio : desvio para o vermelho
Posted in Uncategorized on Feb 28th, 2016
‘ convite aberto e intransferível ao homem certo solto no mundo longe tão perto que me confundo tão invisível que quase toco ouço tão nítido que até vejo fora de foco golpe de vento cheiro tão vívido de novos tempos que ainda me lembro daquele beijo que nunca demos ‘
Posted in Uncategorized on Feb 25th, 2016
entre a festa e a miséria de um dia medonho a carne partida é a fresta , a vida é um rio que vaza e infesta a casa de um sonho vazio
Posted in Uncategorized on Feb 2nd, 2016
se choro tanto é porque fervo até doer o nervo que sente prazer sente mágoa o pranto e o gozo são água do mesmo poço
Posted in Uncategorized on Jan 30th, 2016
abracadabra abro a cabeça com pé de cabra ; a cabra tropeça a fé se dobra ao sórdido agouro do diabo ; ouro de tolo cangalha em couro de touro brabo ; oroboro a cobra abraça o rabo e me enraba ; a obra que em outro […]
Posted in Uncategorized on Sep 3rd, 2015
o mar é um espelho duro que nos corta como um muro o futuro é uma criança morta que a esperança aborta à nossa porta
Posted in haiquase / senryu / tanka, Uncategorized on Sep 2nd, 2015
lágrima santa lava como água-benta o pé da planta , a chuva lenta se adia até chorar de alegria
Posted in Uncategorized on Jul 25th, 2015
deuses sem dedos jogam dados viciados ; o medo é um buraco cercado de vácuo pelos seis lados
Posted in Uncategorized on Jun 23rd, 2015
você pode fumar o seu ópio você pode beber o seu gim você pode enganar a si próprio mas não a mim
Posted in Uncategorized on May 17th, 2015
você mora no muro entre o fora e o furo do ventre entre o escuro e a escora entre o agouro e o agora e sempre
Posted in haiquase / senryu / tanka, Uncategorized on Apr 28th, 2015
claro como o mar onde meu olho nada : nada a declarar .
Posted in Uncategorized on Mar 17th, 2015
há um tempo de espera entre o impacto e a queda sopra um vento áspero entre o pássaro e a pedra
Posted in Uncategorized on Feb 21st, 2015
ferve brava sob a verve como neve sobre a lava , dorme louca pouco escreve muito escava , escrava da forma breve da palavra
Posted in Uncategorized on Feb 17th, 2015
isto não é um cachimbo também não é um poema são só códigos no limbo entre o meu e o seu sistema Imagem: A Traição das Imagens, René Magritte (1929)
Posted in Uncategorized on Feb 6th, 2015
um silêncio absurdo me despertou hoje : deus está surdo e não me houve
Posted in haiquase / senryu / tanka, Uncategorized on Dec 20th, 2014
flores mortas são primaveras que se vão frutas que verão
Posted in Uncategorized on Dec 3rd, 2014
pescador chega à minha praia numa noite de lua cheia chega manso vem de tocaia deita do meu lado na areia ele diz que adora o meu canto ele diz que eu sou sua sereia ele diz que me ama enquanto me esfaqueia
Posted in Uncategorized on Nov 15th, 2014
a luz amanhece pouca branca e longínqua um fio de sol lambe o mofo estanca em cheio no meio da nódoa do estofo feito estaca a dor finca a faca a dormência míngua a mágoa a ausência é uma casca oca que um dia trinca a chuva apazígua a língua da falta dágua
Posted in Uncategorized on Nov 10th, 2014
fiquei sem voz procuro sábios que saibam ler meus grandes lábios
Posted in Uncategorized on Nov 1st, 2014
eu morderia qual fruta a luz na tua treva e neste dia preciso adão e eva fariam jus ao paraíso
Posted in Uncategorized on Oct 24th, 2014
venta aqui fora faz frio , o sol em brasa se esconde e de longe me fita triste e vazio , como uma casa bonita onde o amor mora e ninguém visita
Posted in Uncategorized on Oct 21st, 2014
até mesmo o universo imenso perde a graça o céu perde a cor e chora se você amassa o meu verso de amor e joga fora como um lenço de papel a esmo
Posted in Uncategorized on Oct 19th, 2014
a fé é o farol de um foguete feito de sorvete a caminho do sol
Posted in Uncategorized on Sep 27th, 2014
em vão me espanto o tempo corre mais que o medo todo mundo morre uns cedo uns nem tanto é a lei e eu aqui no meu canto só sei que não morri por enquanto
Posted in Uncategorized on Sep 25th, 2014
então observe: se for poesia não serve a nada nem a ninguém , a verve não tem serventia à mulher honesta nem ao patrão , se for poeta não presta servidão .
Posted in Uncategorized on Sep 17th, 2014
invento é um ar que sopra pra dentro , pensar é um ato só , inspiro o pó que sobra da grande obra , espirro engasgo me mato expiro , adentro e rasgo o peito como um tiro .
Posted in Uncategorized on Sep 3rd, 2014
o corpo me atraca como craca ao porto , recorta o espaço a faca e escapa ileso , suporta esse braço fraco como um galho seco em brasa como um cão sem casa , vão como o sol num beco como um peso morto como um amor pouco , oco como o osso da asa de […]
Posted in haiquase / senryu / tanka, Uncategorized on Aug 30th, 2014
nada que eu queira mais que a sombra dourada da amendoeira
Posted in Uncategorized on Aug 19th, 2014
paira esse silêncio frio um vazio repleto de hiatos prefiro o cio indiscreto dos gatos no meu teto
Posted in Uncategorized on Jul 17th, 2014
só não escolhas para o amor o gesto insípido nem deixes meus olhos sem cor como bolhas no céu líquido dos peixes
Posted in Uncategorized on Jul 1st, 2014
a água cinzenta oleosa espelha o céu em brasa em cinquenta tons de rosa vermelha , na maré rasa um murmúrio vago como um lago de mercúrio
Posted in haiquase / senryu / tanka, Uncategorized on Jun 30th, 2014
ave sã não tomba , balança a sombra anciã do flamboyant