Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 30th, 2012
sob a fina espessura humana tem um furo de infinita fundura não passa a luz nem o escuro não passa não tem submarino que possa com o fino da fossa das marianas o nó da garganta a fenda do poço o findo caminho , o oco da santa a […]
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Posted in Uncategorized on Dec 27th, 2012
degrau em grau o discípulo dança move-se em círculos no mesmo lugar contudo avança
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branco é o buraco negro que engole o meu olhar sanpaku
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Posted in haiquase / senryu / tanka on Dec 24th, 2012
mergulho no azul , lavo o sol que me ilumina ; dia de piscina
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vi pirilampos no ipê do meu quintal : árvore de natal
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Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 22nd, 2012
sonho uma estrela pura aura bólida pulsando o espaço luz que sol vê-la me deixa lua sem terra à vista objeto em órbita sou eu na sua assim de soslaio trajeto é um traço o raio que dista do seu abraço
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Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 21st, 2012
vaga no mar divago devagar apago o pesar da minha fita meditar me edita
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Posted in Uncategorized on Dec 19th, 2012
o ar da sua graça dá e passa escurece você some fumaça no breu sua ausência não consome o aroma de romã da minha casa sua cinza é vã meu amor a brasa sou eu .
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Posted in Uncategorized on Dec 18th, 2012
essa vida só não é pão-de-ló rala o mocotó levo no gogó sem goró nem pó sem forrobodó calo o quiproquó teço o meu filó dou ponto sem nó porém tenho dó de não ter xodó … ó! canta o curió abre-se abricó meu borogodó […]
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Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 17th, 2012
valete de copas perdido num castelo de cartas de amor uns 7 copos de vidro sobre capas de disco voador um quartzo rosa pra vencer o medo um dedo de prosa num guardanapo um anjo sem braço ornado com um laço de esparadrapo , no caos do quarto me […]
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Posted in Uncategorized on Dec 16th, 2012
perdoar é perder o ar deixar você deixar rolar dizer poesia se não pode prender a inspiração , assopre-a … expirar é morrer ; solidão é o prazer da minha imprópria companhia
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um haicai de cada caco faço do estrago mosaico
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Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 14th, 2012
a fome de um homem mostra o seu dente marca o seu nome : a carne não mente você é quem você come
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Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 12th, 2012
quando o dia vinga e inda vaga a lua unha sobre a teia tênue de luz , vênus se insinua o astro-rei se inflama , o mar uma língua treme sobre a areia líquidos sedentos , obscenos os ventos com suas mãos redondas arrepiam ondas como corpos nus , a terra uma cama onde […]
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Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 10th, 2012
perde o alvo quando mira forja o arco enquanto atira fura e salva cura e ferra flecha objeto troço metálico fálico tóxico quando pára é paradoxo quando mudo berra ; se o voo é a meta o amor sempre acerta mesmo quando erra a seta
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Posted in Uncategorized on Dec 10th, 2012
um muro com um só lado não é coisa que se pense ¿ acaso ou fado ? o futuro a dois pertence
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Posted in Uncategorized on Dec 8th, 2012
a palavra viva que me salvaria natimorta esfria na tua saliva
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Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 7th, 2012
o céu deixa um pedaço de si na poça depois da chuva e a boca fica roxa depois do picolé de uva na contramão da sua rua perdi um pé do meu sapato no bolso de um velho casaco achei minha mão na sua luva
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Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 4th, 2012
onde é breu meu traço brilha como aço dando um talho na manhã não nasço eu raio filha de iansã
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Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 3rd, 2012
. novelos de versos idos em fios meus dias cumpridos , tessitura de cabelos tecidos dispersos , escura matéria morta que tudo embrulha , é muita linha torta pra pouca agulha .
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Posted in Uncategorized on Dec 3rd, 2012
soubera eu bordar fazia uma colcha amarela e roxa para a noite e o dia de um lado eu dormia do outro era rede no meio era verde no fundo era o mar uma colcha ancha roxa e amarela bordada de concha no fundo uma pérola
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Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 1st, 2012
a substância de que sou feita é a lembrança de um entressonho da infância que diluo sou o que suo o que sangro o que choro por cada poro ora rio ora morro ora escorro ora evaporo o oceano ser o mar é meu humano brinquedo desde cedo tudo imerso nada […]
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