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Monthly Archive for April, 2014

os lusíadas

  a vida é frágil como um livro num naufrágio   do ser vivo nada sobra nada escapa   nem a capa nem o assunto   numa dobra do universo acaba o mundo   o verso é livre só a obra sobrevive    

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a sonata

  tento ser breve nem tudo deve ser dito no momento e muito menos escrito em voz alta nem tudo que dói é poesia deixa muda essa falta básica até soar um grito deixa solta essa música como o vento quando flauta , sendo o sopro agudo do tempo em sua sinfonia sem pauta      

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a força

  quando venta a borboleta sustenta as imensas asas azuis como um atlas que aguenta o planeta sobre as omoplatas      

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o espinho

  aqui venho achar na dor o que não tenho   o desenho do teu pelo no meu tato   eis o pacto de amor entre a pele e o cacto      

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a plateia

  além de mim só uma mosca veio   assistir ao formidável fim da tarde fosca de um dia feio    

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