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Category Archive for 'Arquivos Christiana Nóvoa'

videverso

. o verso é o avesso de uma folha escrita por um deus distraído e virada . o verso é o outro lado da cousa é a face fosca da lousa é o fundo prata do espelho é a lua à mingua é a sombra é a fase mais preta da língua . o verso é perverso […]

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Cora Coraline

Poesia pura, o filme Coraline, animação de Henry Selick sobre o livro de Neil Gaiman. A caprichadíssima cena inicial, da “reciclagem” da boneca pela aranha, já remete a uma série sem fim de analogias entre a costura, a narrativa – trama, enredo, novela etc – e a própria vida. A artrópode sinistra também me trouxe à mente as figuras mitológicas das […]

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obra em branco

     o branco do olho pinta   na pálpebra um arco   íris   .              

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Outro dia uma amiga querida que escreve lindamente comentou que odeia quão, opinião compartilhada, ao que parece, pela maioria expressiva da blogosfera. Qual não foi minha vergonha, eu que adoro a moça e prezo muitíssimo sua opinião, mas devo confessar que sou de usar esse e outros tantos termos anacrônicos. Principalmente agora que, por razôes profissionais, sou obrigada […]

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água-tinta

é o mar em mim que não sei onde barco nem bem quem sinto com essa maré tanta onda me perco inda que leve a fundo ao cabo tudo que a corda arrebenta   .   toda tormenta tem sua bonança cada criança tem o seu instinto singrar na unha o espesso oceano  por vir ao ar mesmo que um fio […]

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Olho nu

Meu amigo Dado, que não é o Dou-na-bella mas de quem já falei aqui e ali, está lançando seu primeiro e aguardadíssimo livro de poemas. A festa-de-autógrafos rola na terça, a partir das 19h, no Sérgio Porto, sede original do Cep 20.000, movimento poeticoperformúsico carioca que ele ajudou a fundar. Vai ter falação de poesia, música e interveção do Boato, […]

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a-ritmétrica

ateorema inequação e-nigma insanalógico fórmula única insolúvel   amalgarismo vírgula dígitos infinitos esquadratura do círculo raiz incúbica de pi   se faz de conta me explica tudo expressa de modo preciso   quão desmedido o que impermanece incógnito

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chame o doma-dor

meu leão ruge venha o varão que turge o verão urge       Ilustração: Lion of Venice – Salvador Dalí, 1954

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Bravos Aplausos Retumbam Abraços Cruzam Kilômetros   Outra Bandeira Agora Move a América     America, we have come so far. We have seen so much. But there is so much more to do. So tonight, let us ask ourselves – if our children should live to see the next century…what change will they see? […]

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Aos amigos preocupados com a saúde do meu pai, venho informar que, no dia de São Judas Tadeu, ele voltou à vida, como que por encanto. Ainda que milagre não tenha explicação, este teve: demissão da equipe médica e conseqüente redução dos remédios. Ou seja, a pessoa estava envenenada. Devidamente desintoxicado, o mudo falou, o paralítico andou e o enfermo, […]

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Ontem a mulher de branco passou por mim na rua e sorriu. A mulher de branco é uma lenda viva de Ipanema. E pelo menos até ontem estava mesmo viva, que eu vi. A mulher de branco não estava de branco, vestia uma cor indefinível, vai ver foi branca um dia. Ontem estava mais pra cor-de-burro-quando-foge. A […]

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humana comédia

  a última voz que anima um corpo insano é a dor paixão terminal da carne   antes do sono a esperança é a penúltima que morre .  

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hai-pai…

  Pau no sistema [ pAusa para o poema ] Inverno, pena.   Isso eu escrevi há 2 meses, quando soube que meu pai estava doente. Na época não quis publicar, ficou no rascunho. Agora vai, sei lá porquê. Antes que ele vá. Que Deus o (man)tenha, uma coisa ou outra, o que for melhor.

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habemus solem

      Update (9/10): O googa coloriu a foto. Deixei a antiga aqui embaixo, pra vocês verem como um photoshp básico pode dar um up, mesmo em quem já é bonito por natureza. Agora sim o sol apareceu!  

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  Essa é a vista da minha janela, no trabalho novo. A foto não está boa, fotografia não é meu forte, dá pra ver o Cristo? Em todo caso, deve dar pra notar que o Rio de Janeiro continua sendo, mesmo com esse tempinho louco que faz o vento uivar pelas frestas e forma ondas na […]

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springtime

  volto pra casa   trazendo um olho novo   em cada asa   .   

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catavento

o pens amente capta alguma id e o que não foi .. fôlego cata vento inspira sopra apróxima sí lá bússola girassol-dos-ventos seu leste é aqui lô metros da qui mera vilha esta rot açã o

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compensamento

O amor compensa todo crime que se pensa; sã-inconsciência.

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Quadro de Lucas Penacchi Amigos do coração, eu venho por meio desta convidá-los pr’uma festa: um sarau de São João.   A festança é no arraial novoaemfolha.com. O endereço é virtual mas o ambiente é bom.   Não tem ladrão nem quadrilha, só poetas de família. Não tem fogueira ou balão, só a luz da inspiração.    Não tem […]

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Quando eu nasci, minha prima tinha 6 meses. Filha caçula da única irmã do meu pai, ela foi minha primeira amiga e também adversária nas primeiras disputas, brigas de unhadas e puxôes de cabelos nas quais eu, via de regra, levava a pior, já que, além de mais nova, nasci prematura e era mirrada, fracota […]

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adoratio

para guga . o amor que a gente faz surpreende que ainda soe  perfeito como sói suspeito até que mais tanto tempo depois adoro como sois poente como sóis queimando ardendo em nós dois      imagens: Benn Flemming  

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Estava na padaria ontem à noite, quando um grupo de universitários passou por mim, conversando. Um deles, gorducho como um pachá, proferiu a estranhíssima sentença, enquanto devorava uma baguete: “Não tem nada que eu deteste mais nesse mundo do que o Cirque du Soleil.”. Ao que um outro, de físico igualmente empanzinado, completou, roendo uma rosquinha: “É odioso!…” […]

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Estrelismo

Quisera eu fazer este soneto Como quem faz desenhos na areia: Traça uma linha a ponta do graveto, Sobe a maré, apaga linha e meia.   Dos versos presunçosos que cometo, Quero escrever, bem antes que alguém leia, As letras em nanquim no fundo preto Que, assim, a coisa fica menos feia.   Mas nem sempre […]

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 Teve essa história da Laurita que, quando criança, era obrigada a fazer tricô. Era a hora em que a sua mãe prestava serviço voluntário na igreja e, não tendo com quem deixá-la, fez este acêrto com a Dona Ditinha, tia da sua comadre Conceição, que dava aulas de tricô para um grupo de senhoras do […]

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vitória régia

do lodo à glória   desfolha-se efêmera   flor de vitória   .   .   .

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Meu pai mandou-me hoje o poema abaixo, escrito por D. Pedro I, por ocasião do falecimento de sua esposa Leopoldina: “Deus Eterno por que me arrebataste A minha muito amada Imperatriz? Tua divina vontade assim o quis? Sabe que o meu coração dilaceraste. Tu de certo contra mim te iraste, Eu não sei o motivo, […]

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Ao Pai

Ser pai é madrecer no paraíso Há que espairecer mas sem perder jamais o juízo . meu infinito amor ao pai e aos pais da minha vida. chris.

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Quem ri quando cai no chão Não pára de ir por nada Se a vida só dá limão Caipira uma gargalhada .

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Andam me cobrando que dê mais as caras por aqui, mas sou muito indisciplinada. Estive pensando em outras coisas ou, sei lá, fiquei sem assunto, me perdoam? Continuo amando cada um dos gatinhos pingados queridos que me alegram com sua leitura mas não posso contrariar minha natureza indolente. Contudo, num esforço de consideração comunicativa, vou […]

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“Queixo-me às rosas Mas que bobagem As rosas não falam Simplesmente as rosas exalam O perfume que roubam de ti Ah Devias vir… ” (Cartola) . Foto por Ana Beatriz Occhioni Jardim Botânico/ Julho 2006

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Ah, gueixa eu ser sua …deixa Arigatô gozeimaixtá . .

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~ ¿? ~ . . . . .

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As lindas fotos de flores que ilustram os posts acima foram tiradas pela minha talentosa amiga Ana Beatriz Occhioni, que conheci na adolescência (ela estudava com minha prima), depois reencontrei na faculdade e veio a ser, mais tarde, minha sócia na saudosa A Pedra Filosofal, uma simpática loja de cristais e pedras que tivemos no […]

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(…cadê a palavra que estava aqui?) Quem me dera fosse um gato que comeu a minha língua! Fui eu própria que a comi e a fome ainda é a mesma. Eu mudo, e como! Eu muda. Buda. Om.

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O primeiro-consorte do Estado do Rio resolveu fazer uma dieta pré-eleitoral e angariar umas manchetes mas a coisa, digamos assim, perdeu o gás. Garotinho está mesmo des”morales”zado. . (Ilustração: A Governadora Rosquinha, solidária ma non troppo, numa pausa para o cafezinho.)

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¿Poeta ou poetisa? ¿Pítia ou pitonisa? Tanto faz pois realiza A mesma magia vã Avisar quem não se avisa Enxergar onde não tem Respirar vapores tóxicos Pra oxigenar os monóxidos Vítima do vil afã De transformar mal em bem

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Libertas… quae?

  Mártir dos inconfidentes, Faze aqui uma confidência: Se tivesses consciência dos Judas, Joaquins falsos, – Da forca e da ruína, Teu corpo exposto aos pedaços, Uma perna em cada poste, Aceitavas tua sina? – Cumprias, herói, teu fado Só pra virar feriado Todo vinte um de abril? – Dize lá, ó Tiradentes Quantos dentes […]

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De paixão e peixes

Ontem foi a lua cheia de áries, o “pessach”, quando os judeus comemoram a libertação do cativeiro. Hoje, para os cristãos, é o dia da paixão, do sacrifício carnal de Cristo. Vou à feira de manhã, que a vida não pára e o almoço urge. A fila na barraca de peixe deve estar uma loucura. […]

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Cai o Rei de Espadas . Cai o Rei de Ouros . Cai o Rei de Paus . Cai, não fica nada… . (Cartomante – Ivan Lins / Victor Martins) …mas nem precisava ser vidente pra cantar esta jogada. [Legenda da ilustração: um instantâneo de Palocci quando ainda era Rei] * * * P.s. – […]

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Mensagem numa garrafa Avisa de embarcação Singrando o mar à deriva Mas sempre na contramão Remando contra a corrente: “Se há desmando, somos contra!” Sem postura coerente: “Se é unânime, eu discordo!” Os motineiros se encontram E causam grande alvoroço Nas águas da blogosfera Cuidado com essa galera Uns chamam de Nau dos Loucos Nós […]

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E o Kadu, hein? O cara pode até ser mole, mas de terno não tem nada… Update: O Flavio, lá da Itália (uma terra plácida onde nada se escuta quando o povo desce o morro por aqui, ou quando o exército sobe, e olha que a chapa tá quente!), pede para saber na íntegra este […]

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A Clarice me intimou a entrar numa corrente entre blogs ou, para usar um termo mais muderno, um

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Quaresma é tempo de trabalho. Varridas as cinzas, parece que o ano vai, enfim, começar… . . . . . mas o que é mesmo que a gente vai fazer na semana santa?

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A Colombina

Carnaval, o aval da carne Entrudo, o nome diz tudo Momo é do balaco, Baco Tem álcool pra todo mundo   Abram alas, foliões Que o meu fígado é mais fraco Sou meio ruim da cabeça Meio doente do pé   Vejam só, quebrei o salto E nem sei sambar direito Não tenho piercing no […]

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Pra começar, a quem interessar possa, um breve relato da passagem do furacão Stones pela cidade, no último fim-de-semana: Não, crianças, eu não fui! Vou mandar fazer uma camiseta pra deixar de herança a meus bisnetos. Se até lá um Mick Jagger ducentenário ainda for ídolo pop, pode ser que eles me execrem por isso. […]

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Eu acho que sempre tive a tendência – vide relato do Rock in Rio – mas estou piorando com a idade. Deve ser culpa do meu signo de Capricórnio que, ao que parece, condena seus portadores a idiossincrasias incompatíveis com a vida em sociedade ou, em outras palavras, a uma chatice crônica. Sou fresca, vá […]

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jogaram um bebê no rio lixo tóxico no mar derrete o gelo polar na europa, morrem de frio na amazônia o rio seca no rio, cai um toró ontem fui no itororó beber água, não achei míngua o rio são francisco uns querem transpor, uns não se é bom ou ruim, não sei não sei […]

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Por Sophia de Mello Breyner Andresen, 1950. Depois da cinza morta destes dias, quando o vazio branco destas noites se gastar, quando a névoa deste instante sem forma, sem imagem, sem caminhos, se dissolver, cumprindo o seu tormento, a terra emergirá pura do mar de lágrimas sem fim onde me invento.

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Não fosse agora uma hora tão tarde Eu lhe daria todo o meu amor Se ainda tivesse amor pra oferecer Se eu não restasse menos da metade Sentindo dor na carne mutilada Saudosa e sem saber nem bem do quê Eu lhe teria um amor de verdade Se ainda tivesse a minha melhor parte Que, […]

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Minha amiga bióloga informou outro dia que os sapos estão em extinção – como de resto virtualmente toda a fauna e flora deste planeta, segundo este outro biólogo – por causa do aquecimento global. Concordo que o calor está de matar mas a verdade é que aqui pro meu lado não faltam sapos. Eu mesma […]

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