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a eremita

na vastidão dos dias dessa pena
que pesa sobre a cena coletiva
eu durmo muito e penso amiúde
enquanto espero e permaneço viva

vontade de sair quase não tenho
se o tédio vem, eu mesma me distraio
escrevo um poeminha bem sucinto
me dá uma lombra, aí é que eu não saio

convivo até que bem com a minha sombra
saudade às vezes bate sim, não minto
mas vivo assim tão bem que até me assombra

meu plano de saúde: hibernação 
embaixo do edredom meu sonho é nude
não sinto solidão, só solitude


One Response to “a eremita”

  1. antónio Saias says:

    GOSTO MUITO – de MESTRE – edredon -ABRIGO

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