deleite
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Jul 16th, 2011
um vento solar condensa a láctea via que me alimenta , ordenha imensas montanhas pra amamentar as minhas ventas
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Jul 16th, 2011
um vento solar condensa a láctea via que me alimenta , ordenha imensas montanhas pra amamentar as minhas ventas
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Jul 3rd, 2011
éter evaporo um perfume do vazio por cada poro
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Jun 25th, 2011
, a mata ecoa murmurinhos que a rua acua e mata , refúgio da crua e rústica colcha acústica . .
Posted in 100seleta, poesia, Uncategorized on Jun 22nd, 2011
meu corpo aflito só tem fé nos elementos tenho pressa meu reino não é deste distrito nada menos que o sangue infinito me atravessa . . .
Posted in 100seleta, haiquase / senryu / tanka, Humor, maledicência e filosofia barata (Christiana), poesia, Uncategorized on Jun 12th, 2011
, em última análise eu sempre prefiro uma fotossíntese .
Posted in 100seleta, haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Jun 2nd, 2011
pinga-me um lírio nos cílios ; poesia é o melhor colírio .
Posted in 100seleta, haiquase / senryu / tanka, poesia on May 29th, 2011
lábil sentido: a língua do silêncio em meu ouvido .
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on May 27th, 2011
pintou um clima: o tempo abriu um guarda-chuva com a gente em cima !
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on May 26th, 2011
já dia eu vejo uma estrela que insiste em piscar num canto * brilha e no entanto seu desejo é o mais triste: possa o sol vê-la .
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on May 21st, 2011
sol frio me olha de soslaio me acerta a íris em cheio / saio intacta flor de maio ferida aberta em meio ao cacto *
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Apr 27th, 2011
a lua deságua na aura branda um ardor misto de fumo e alcaçuz , lava o suvaco do cristo numa luz azul lavanda .
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Apr 19th, 2011
apuro o ouvido pro agudo sentido de uma cigarra , puro pedido de ajuda perdido na algazarra .
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Apr 13th, 2011
, uma esperança me aranha na mosca e mariposa ; tatu, constato meu talento inato pra bicho-do-mato .
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Mar 28th, 2011
quaresma empilha folhas mortas, qual resma de velhas poesias , , , engavetadas em vão no vão sob a mobília .
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Mar 22nd, 2011
, , entra ano, sai mês, eu tardo, ou cedo ao sono… outono outra vez. , ,
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Mar 22nd, 2011
[ mais uma da série NIPOCALIPSE ] . não tem pára-raio para o raio de ação da radiação !
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Mar 15th, 2011
morre uma usina. jaz vã; vai-se o seu uso, fica a [assaz] sina. imagem: cartazes de solidariedade ao japão >> http://www.blckdmnds.com/cartazes-de-solidariedade-ao-japao/
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Feb 28th, 2011
viraláctea lambo a lua ; a língua sua a maresia ,
Posted in poesia, Uncategorized on Feb 5th, 2011
. meu ser_pente si_lente de si de repente se sente passado p[r]ensado pre_mente pó_ente embalado pra presente [ . ] rec[h]eio de gente num embrulho cheio de aqui e barulho .
Posted in 100seleta, poesia, Uncategorized on Feb 4th, 2011
“escreve, escrava! és escriba, não nababa” a musa me usa e morrer livros não me livra nunca acaba a minha estiva de morder viva a palavra .
Posted in poesia, Uncategorized on Feb 2nd, 2011
– fico torta como quem aborta meia viva – meio esquiva meio obtusa como uma porta – meio aberta meio abstrata como quem se mata – meio alta meia ponta como quem apronta – meio santa como quem esfinge meia grega – meia fera como quem espera meio cega – absurda e muda como um […]
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Oct 2nd, 2010
confio no fio do instinto: por cá, minho por lá, birinto
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Sep 27th, 2010
a mata não dorme desperta_dor num acorde colcheia de grilos à_casa,_lamento dormir só na_morada sem você dentro a_manhã me espera o que não mata deflora de prima e à vera …
Posted in Humor, maledicência e filosofia barata (Christiana), poesia, Uncategorized on Sep 12th, 2010
tá na jura: até morrer! mas do dilema entre ser a finada ou a viúva nem jesus cristo saúva . .
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Sep 6th, 2010
buraco-negra nada conserta eu vulga vulva concreta .
Posted in poesia, Uncategorized on Aug 24th, 2010
a larva lavra a terra sem pá faz furo enorme no escuro dá duro como quem dorme (b)erra como quem verme de dor profundo da toca dor minhoca ~
Posted in Humor, maledicência e filosofia barata (Christiana), poesia, Uncategorized on Aug 16th, 2010
ó que pressa insana que nos (a)funda:
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Aug 10th, 2010
fraca como aço minha força é um fracasso inoxidável .
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Aug 1st, 2010
. mês morto, mês posto: a césar o que é de julho, agosto pra tudo. .
Posted in poesia, Uncategorized on Jul 28th, 2010
a arte é o tear do templo é o canhão no escuro é a flor no muro do forte . a arte é o chão atento ao tropeço do palhaço é o vazio duro do ocaso . é o preço de ocasião da sorte é o traço de ouro puro no ar raro efeito do acaso […]
Posted in poesia, Uncategorized on Jun 17th, 2010
na manhã mais fria o orvalho amorna um aroma que chora um cheiro que molha os lençóis toalhas torrentes de amor me afloram dos olhos lágrimas de éter gotas de memórias néctar que entorna na cama vazia vapor que conforta o ardor da navalha que desfia corta . fende em duas postas a crueza em flor de […]
Posted in poesia, Uncategorized on Jun 9th, 2010
a graça que deus dá seja de graça . desgraça que adeus deu seja desdita . em graça e desgraça passa batida a bendita vida dita eu viva . esta exata descarta em dúvida . ah dádiva vívida ! a vida é ávida por dar adeus aos seus … eu revido desvio o rumo vadia adio […]
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Jun 3rd, 2010
mau tempo é isto: corcovado sem corcova céu sem cristo a luz adere à pele: se é cinza fora a brasa mora meu tempo dança: um passo de intempérie dois de abundância . . Imagem: Trigrama Li (fogo) O trigrama Li significa “aderir a algo”, “ser condicionado”, “depender de algo” e […]
Posted in 100seleta, poesia, Uncategorized on May 18th, 2010
à sombra do lustre rosa a moça posa pro moço qual nem lhe fizesse mossa o assombro do observador atento sentado ali do outro lado rabiscando em alvoroço intenso seu repasto um guardanapo o lápis rasgando o lenço mil traços por cada canto da mesa como quem desse de ombros a moça finge que almoça […]
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on May 13th, 2010
o disco lunar toca um silêncio arranhado de cigarras .
Posted in poesia, Uncategorized on May 10th, 2010
vivo suspensa (sempre) sem remédio entre a surpresa (sopro) que me supre e o supremo (tédio) que me pensa . . . Andràs Böröcz “The Philosopher’s Egg,” 2004- 2005 Carved pencils, graphite on paper mixed media construction
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on May 9th, 2010
gotas na folha . . . cada instante uma estoura : plástico-bolha .
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on May 4th, 2010
, quase que um haicai me cai ao acaso aqui: caqui kamikaze .
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Apr 23rd, 2010
a lua clara bóia como abertura no teto do mundo . foto: analu prestes . P.S. – Fiz este poema há tempos, e não percebi que era um haicai. Lembrei dele qdo vi a foto acima. Re-publico agora, devidamente haicaizado. E por falar em lua, Salve Jorge!
Posted in poesia on Feb 21st, 2010
com tigres não grites não faças ruído . a fera com ferro fere cada berro desferido . aos tristes a vida prefere quem com fé ri da penúria . me entrego ao jogo me aferro e fogo ! é certo que erro porém não duvido : confere a fúria e serás aferido . *em 14/02/2010 teve início […]
Posted in poesia on Feb 6th, 2010
lá vem o bloco o surdo a caixa a cuíca um abraço pra quem fica é o meu sinal : debandar não bebo não sambo não caio no ditirambo bacanal sarto de banda bundalelê não vou lá ô abre alas que eu quero seguir meu caminho tô no bloco do eu sozinho com […]
Posted in poesia on Feb 3rd, 2010
espantam-me os sonhos pois sou eu ali e no entanto em nada me espanto os enredos bisonhos as pessoas que mudam os animais feras loucas mansões labirintos de medos emoções vagas o mar escuro até o céu quase sempre encoberto onde nada é perto e nunca se volta ao mesmo ponto de vista e se algo […]
aqui agora ascendo à pura essência de patchouli medito porém nem sempre evito o escândalo recaio no escuro abraso me abano te aceno sinais defumos inspirais acendo um sândalo foto: Craig Sadler
a maré dança com a lua ora mansa ora avança recua ora cheia ronda brava joga areia no ventilador lava a rua afoga ateia fogo às teias ao mofo às ameias do cafofo a maré aguardente na veia
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia on Dec 18th, 2009
tempos de chumbo: o vil metal nos funde no estanho mundo .
Posted in Outras Palavras, poesia on Dec 5th, 2009
ando em fase de muda mud(r)a e quêda . bicho-da-seda criando asa(na) . mudando de casa talvez ou não a-ind(r)a . toda muDança é bem (go)vinda . . Ohm: sobre indianices também temos este outro poema < (da época em que o blog estava sem acento)
Posted in poesia on Nov 26th, 2009
Eu penso assim, num poema as palavras têm muitos sentidos, cinco são o mínimo do senso comum. O cheiro, veja bem, nem sempre é o que se espera: qui_mera suja o pé na primeira pisada em falso. E o paladar amargura, tem quem use, não faz meu gosto. Na língua prefiro o que arde. […]
Posted in CAIXA POSTAL, haiquase / senryu / tanka, poesia on Nov 25th, 2009
sol à vista! meus olhos renovam o visto de turista
Posted in 100seleta, haiquase / senryu / tanka, Outras Palavras, poesia on Nov 20th, 2009
estava escrito: se está tudo perfeito vai ter mosquito .
Posted in Outras Palavras, poesia on Nov 16th, 2009
Comentário ao post Panta rei do blog Tempus Fugit Panta rei, pensou Heráclito,os olho fitos num rioem que não me banharei… talvez por força do hábitoeu periclito mas riodo mar que outrora pensei. . . Update: este poema foi citado e ilustrado no belo site Imaginário Poético.