Posted in Uncategorized on May 31st, 2013
minha vigília é trocada viro noite sem remorso almoço de madrugada canto danço queimo lenha que mantenha as estrelas despertas (mesmo sem vê-las) nas horas desertas apanho e espalho poesia mas é de dia que eu mais trabalho no turno diurno eu durmo sem descanso sonhos estranhos bonitos pelos insones aflitos […]
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Posted in Uncategorized on May 29th, 2013
do que falo a melhor parte é o intervalo o vazio é uma arte sem bordas não há som no aço o que vibra é o espaço entre as cordas , se a palavra demora o silêncio é a causa a música mora na pausa
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Posted in Uncategorized on May 28th, 2013
cactos têm flor de mil pétalas finas como fitas e espinhos escuros retos duros e exatos para espetá-las tão bonitas como furos o impacto da dor nas retinas dos insetos
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Posted in Uncategorized on May 27th, 2013
poeta é quem poetiza. fazer gênero, não precisa.
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Posted in Uncategorized on May 26th, 2013
o bem me bela o querer me querela o amar me amarela a morte me mortadela a metrópole me atropela o porto me portela o estro me estrela o mar me mela o rei me rela o ser me sela o teu me tela o eu me ela […]
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Posted in Uncategorized on May 23rd, 2013
, o todo por exemplo do lodo ao lótus contemplo meu templo é amplo refúgio de samurai relógio de sóis remotos (e os outros e você vendo mortos na tv) meu tempo a sós não se vê não sai em fotos
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Posted in Uncategorized on May 22nd, 2013
à tardinha o mar é zen um refresco de groselha um barquinho e mais ninguém segue em paz meu coração meu caminho é bossa-velha um violão bem baixinho um chão de areia um banquinho um ancinho um ancião
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Posted in Uncategorized on May 15th, 2013
água me turva a vidraça e já nada vejo e não me protejo dessa chuva que nunca passa quando choro não gotejo escorro esguicho quando amo incho e me esparramo sem socorro não sou dura na queda qualquer pedra me perfura o chão me quebra mas de secura é que eu […]
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Posted in Uncategorized on May 13th, 2013
de uma queda fui ao chão coração aberto um rombo e essa dor que não estanca e ainda me toma ; o mesmo tombo que fere me oferece uma flor roxa : um hematoma à flor da pele branca da coxa
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Posted in Uncategorized on May 8th, 2013
viria a nado nadando costas vestindo nada dar com os costados à orla da ilha à enseada onde eu prostrada em pedras de joelhos as mãos em concha postas em ostras como pétalas pesco as escamas seu corpo em postas em chamas pisco nas pregas das pálpebras no […]
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Posted in Uncategorized on May 6th, 2013
uma indiferença tão sincera fere dilacera o coração dessa quimera uma fera imensa cai ao chão a cada vez que você não me pensa
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Posted in Uncategorized on May 5th, 2013
termino e recomeço o penúltimo ensaio da inúmera carta ; assino e endereço ao raio que o parta
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Posted in Uncategorized on May 5th, 2013
a baía é um ventre pra um barco que entre onde o vento alisa o poente é uma brasa que se esfuma na bruma imprecisa ilha dos amores traga o sol de alhures na salgada brisa que um doce perfume de flor e estrume molha e fertiliza
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Posted in Uncategorized on May 4th, 2013
na praça crianças escalam os galhos de árvores idosas lenhosas mansões de copas frondosas troncos centenários lar de gerações de abelhas canários e velhas lembranças de outrora pirralhos
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