popol vuh
Posted in Uncategorized on Nov 30th, 2012
na noite do apocalipse maia quero morrer na praia do mar morto e amanhecer num porto na terra do filho todos plenos do mesmo milho sob vênus e o astro da guerra que se eclipse
Posted in Uncategorized on Nov 30th, 2012
na noite do apocalipse maia quero morrer na praia do mar morto e amanhecer num porto na terra do filho todos plenos do mesmo milho sob vênus e o astro da guerra que se eclipse
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 29th, 2012
nada é eterno nem quando é lindo nem no cinema acabou o caderno antes do fim do
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 29th, 2012
janis sem jimi roque sem roll nada nesse show me exprime se eu gritar quem sou é crime
Posted in Uncategorized on Nov 28th, 2012
em nuvens desliza sonhando com a vida a bela adormecida desmancha-se em ondas castelos de areia a linda sereia mil e um tons de cinza borralha uma tela a gata cinderela rubor que não estanca derrete-se ferve a branca de neve … o amor dando trova e o rei […]
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 27th, 2012
samambaias e avencas às pencas infiltram as frestas os muros de cal nas pedras o limo é lindo é limpo ver como as saias do tempo filtram o quintal das nossas festas
Posted in CAIXA POSTAL, Uncategorized on Nov 27th, 2012
estia o avô e o neto vão passear o dia abriu o teto solar
Posted in 100seleta, CAIXA POSTAL, Uncategorized on Nov 26th, 2012
cai sobre a ponte a flor acesa do agora a aurora pega o horizonte de surpresa
Posted in haiquase / senryu / tanka on Nov 26th, 2012
não se apreça um rio ; seu fim é só o começo seu preço é um leito vazio
Posted in Uncategorized on Nov 25th, 2012
passarada se recolhe mais cedo vai-se a cantoria a luz desce a copa do arvoredo desfolha parece que o dia encolhe quando molha
Posted in haiquase / senryu / tanka on Nov 22nd, 2012
a gueixa sonhou que a rã de bashô é fã do seu ofurô
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 21st, 2012
toda língua é mole é dura tanto engole até que fura trava a língua trova palavra tanto parva até que prova baba lava a língua poesia tanto pinga até que expia boba a língua é um dedo de prosa lambe o medo até que goza ora quem não xinga não […]
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 18th, 2012
atrás da pipa a linha voa ao léu rabiola rebola e equilibra a fibra que alinha o céu da cachola caraminhola alada serpente emplumada biruta de parapente escuta o tempo sente corrente leste ascendente invento quente que vaza ronda à solta à toa na réstia de uma brisa boa que a ponta […]
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 17th, 2012
o orvalho que lambe o corte dilui meus vermelhos ; glóbulos de espelhos cada gota d’água dá à morte um tom mais ameno de mim … minha fúria é um jardim cheio de som e sereno
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 14th, 2012
martelo e não prego meu nêgo não nego eu devo e não pago eu fumo e não trago a pessoa amada de quatro em três tempos eu choro e não mamo eu amo e não ligo eu sigo e não lembro você nada eu ando caio e não consigo mas saio […]
Posted in Uncategorized on Nov 14th, 2012
quando o não evapora um verso sopra no vácuo verdades eternas; a obra mora na dobra do universo no sovaco da cobra no vão entre as pernas
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 12th, 2012
eu sou um lápis errando no espaço entre dois traços eu sou um lapso
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 10th, 2012
qual vaidosa amante que se enfeita e posa nua entre o lençol a lua minguante em nuvens se deita à espreita do sol
Posted in Uncategorized on Nov 9th, 2012
nem todo rato é pardo nessa úmida via nicho entre o bem e o mal entre o bicho e o bardo é o tao que mia miau
Posted in CAIXA POSTAL on Nov 8th, 2012
bem ao fundo um avião risca de branco a tarde parada em bando a passarada passa raspando e nada nesse mundo chão me arde
Posted in Uncategorized on Nov 7th, 2012
procuro pegadas vestígios poemas são armadilhas de ideias alcateias caçadas no escuro refúgio das madrugadas
Posted in 100seleta, CAIXA POSTAL on Nov 7th, 2012
a chuva chega primeiro como um aroma água de cheiro que se toma antes do chuveiro
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 4th, 2012
você jura, saracura mas é do bico pra fora vem cheio de quero-quero que pena, não é sincero me beija-flor quando eu falo pra depois cantar de galo , eu sou só uma andorinha mas faço verão sozinha gaivota voo pro mar … coruja demais sou sábia pra cair na sua lábia colorido colibri […]
Posted in Uncategorized on Nov 3rd, 2012
é o pregoneiro é o carro do pão da pamonha da fruta e outros nomes impróprios atropelando o colóquio entre a poeta e a puta
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 2nd, 2012
quando durmo não distingo dia santo de domingo o dia é que põe o pingo gelado no i do desabrigo a luz é que faz cair do céu noturno o espanto o peso desperta a dor à flor do chão velho amigo
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 1st, 2012
sob a derme dorme o verme enorme que me come do cóccix ao pescoço . . . meu sistema nervoso
Posted in Uncategorized on Nov 1st, 2012
fendas se lavam em ondas de lágrimas torrenciais , a mãe natureza em bucólicas menstruais
Posted in CAIXA POSTAL, Uncategorized on Nov 1st, 2012
ouço um mar de ideias sons sinais a esmo e eu cá que me esforce (ou não) por traduzí-los … pois agora mesmo milhares de grilos declamam epopeias em código morse