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Monthly Archive for September, 2014

a sentença

em vão me espanto o tempo corre mais que o medo todo mundo morre uns cedo uns nem tanto é a lei e eu aqui no meu canto só sei que não morri por enquanto      

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a inútil

então observe: se for poesia não serve , a verve não tem serventia à mulher honesta nem ao patrão , se for poeta não presta servidão .          

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a pleura

  invento é um ar que sopra pra dentro , pensar é um ato só , inspiro o pó que sobra da grande obra , espirro engasgo me mato expiro , adentro e rasgo o peito como um tiro .        

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a casca

  o corpo me atraca como craca ao porto , recorta o espaço a faca e escapa ileso , suporta esse braço fraco como um galho seco em brasa como um cão sem casa , vão como o sol num beco como um peso morto como um amor pouco , oco como o osso da asa de […]

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