; meu papel de seda molha cada vez que você passa e não me olha ; lágrima deixa mancha escura na minha folha fina branca ; desdobradura do acaso, nem eu sei me repetir quando a dobra dos meus olhos se […]
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vivo cigana roda na estrada carta na manga rota na mão a caravana passa e eu, ladra ganho uma prenda teu coração um dia amarro minha carroça planto uma roça no teu regaço por ora solto volto pra praia com um braço do teu mar debaixo da saia … gira […]
. a lua chia mata em silêncio cheia de som e folha . foto: mata atlântica – broto de samambaia gigante, por luizdemog. [fonte]
obra em branco
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Nov 27th, 2008
o branco do olho pinta na pálpebra um arco íris .
água-tinta
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Nov 26th, 2008
é o mar em mim que não sei onde barco nem bem quem sinto com essa maré tanta onda me perco inda que leve a fundo ao cabo tudo que a corda arrebenta . toda tormenta tem sua bonança cada criança tem o seu instinto singrar na unha o espesso oceano por vir ao ar mesmo que um fio […]
a-ritmétrica
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Nov 14th, 2008
ateorema inequação e-nigma insanalógico fórmula única insolúvel amalgarismo vírgula dígitos infinitos esquadratura do círculo raiz incúbica de pi se faz de conta me explica tudo expressa de modo preciso quão desmedido o que impermanece incógnito
chame o doma-dor
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Nov 13th, 2008
meu leão ruge venha o varão que turge o verão urge Ilustração: Lion of Venice – Salvador Dalí, 1954
humana comédia
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Oct 14th, 2008
a última voz que anima um corpo insano é a dor paixão terminal da carne antes do sono a esperança é a penúltima que morre .
hai-pai…
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Oct 9th, 2008
Pau no sistema [ pAusa para o poema ] Inverno, pena. Isso eu escrevi há 2 meses, quando soube que meu pai estava doente. Na época não quis publicar, ficou no rascunho. Agora vai, sei lá porquê. Antes que ele vá. Que Deus o (man)tenha, uma coisa ou outra, o que for melhor.
springtime
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Oct 2nd, 2008
volto pra casa trazendo um olho novo em cada asa .
catavento
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Sep 6th, 2008
o pens amente capta alguma id e o que não foi .. fôlego cata vento inspira sopra apróxima sí lá bússola girassol-dos-ventos seu leste é aqui lô metros da qui mera vilha esta rot açã o
compensamento
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Aug 19th, 2008
O amor compensa todo crime que se pensa; sã-inconsciência.
Sarau de São João
Posted in *~*~* SARAU PERMANENTE *~*~*, ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Jun 23rd, 2008
Quadro de Lucas Penacchi Amigos do coração, eu venho por meio desta convidá-los pr’uma festa: um sarau de São João. A festança é no arraial novoaemfolha.com. O endereço é virtual mas o ambiente é bom. Não tem ladrão nem quadrilha, só poetas de família. Não tem fogueira ou balão, só a luz da inspiração. Não tem […]
adoratio
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Jun 12th, 2008
para guga . o amor que a gente faz surpreende que ainda soe perfeito como sói suspeito até que mais tanto tempo depois adoro como sois poente como sóis queimando ardendo em nós dois imagens: Benn Flemming
Estrelismo
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia, sonetos on Jun 3rd, 2008
Quisera eu fazer este soneto Como quem faz desenhos na areia: Traça uma linha a ponta do graveto, Sobe a maré, apaga linha e meia. Dos versos presunçosos que cometo, Quero escrever, bem antes que alguém leia, As letras em nanquim no fundo preto Que, assim, a coisa fica menos feia. Mas nem sempre […]
vitória régia
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on May 13th, 2008
do lodo à glória desfolha-se efêmera flor de vitória . . .
-reptício outono lagarto se estira ao sol luz que nos réstia . . .
quis cuba libre… embargado, não caiu! só chamou raul .
Pô, que pena, eu não sou pop! Nâo escrevo soap-opera nem letra de hip-hop… No meu verso invento moda, minhas redondilhas fecham porém, no universo fashion, confesso: não tô no top. O último show eu nao vi, só escutei a zoeira (não ganhei uma pulseira para o curralzinho vip). Vai bem baixo meu ibope: […]
intemperie
Posted in . on Dec 16th, 2007
quando chove de raio eu chamo as palavras de risco pra vir brincar em casa bem longe de espelho tesoura arvore agua poste vassoura agulha vidro quebrado tudo que fura ou fere ou fulgura um reflexo qualquer um cisco se der fagulha atrai um corisco que credo ninguem aguenta com o coice vixe nem fale […]
meu papel de seda molha cada vez que você passa e nao me olha ; folha fina em brancas nuvens me dissolvo na saliva deixo na lingua uma mancha escura ; desdobradura do acaso nem eu sei me repetir quando a dobra dos meus olhos se desmancha . origami: eric gjerde
sao paulo sampleia sons power sem pouso com pondo com passos sem pauta . sons piram se param sus pensos seus pesos . se pairam sao porem simpaticos seus parcos suspiros . sao pausa .
que sob o céu me sobre tudo sobretudo sob o seu sobretudo .
mar leve meu peso pro~fundo marola me~areia sereia sal estanca toda carne que se~angra
todo dia eu penso uma coisa e passa e nao lembro precisamente o que era .. eu quase que descubro o que quero pensar pela proxima era ou ate setembro quando a primavera vem sem que eu precise pensar .
saudade é o sal que amanhece desenhado no leito evaporado de uma lágrima de felicidade ,
o amor~tece apara~quedas do~ssel d~onde nu~vens ~
maior bharata (samba do hindu doido)
Posted in . on Jul 2nd, 2007
meu nome é krishna vê se me arjuna indra que eu kali bhagavad gita não me ganesha não me ayurveda que eu fico mudra como uma pedra ananda logo com o hare hare rasga meu sári meu véu de maya diz que é meu ohm me pranayama dharma uma brahma que eu fico karma divina graça […]
ascender aa luz foto: guga alayon
arritmetrica
Posted in . on May 2nd, 2007
a poesia faz caber dois inteiros mais a lua cheia em um quarto crescente sol nascente colorindo o zinco ao branco do meio dia a metade do meu caminhar um pe em cada meia minha mao na sua pra atravessar a rua poesia nao presta contas nao cabe so sabe fazer amor e arte de […]
quem canta seus mares estampa
Posted in . on Apr 17th, 2007
o amor sorri um dia por encanto pra sempre seja um dia por enquanto eu ja morri um dia porem canto ~ foto: ana beatriz occhioni
ponto e virgula
Posted in . on Apr 3rd, 2007
; eu gosto das suas pausas, dos seus tempos brancos, seus espacos entre adoro seus pontos exatos, suas virgulas precisas, suas poucas reticencias amo o modo particular como voce poe os pingos nos iis mas nao conheco seu gosto (e nem seu rosto, a bem dizer, nem sua boca) so sei que me sabe bem […]
depois que tudo foi dito e feito a mala ia mas deu defeito amá-la-ia tempo imperfeito minha desdita tua desfeita ah mal-amada a alma não anda se entrou de sola sarta de banda artista sola malabarista a vida é mola a mala volta ah mas agora tenho mais cem … sempre há […]
sobre a porta havia uma tabuleta:
Posted in . on Mar 22nd, 2007
por aca nada eh por aquiso quem amiga aviso eh imagem: carlos lopez martinez
Feira Cosmica
Posted in . on Mar 18th, 2007
. . profusao fisica. quanta. eu sou o caos chupando manga. . . . . . . .
passatempo
Posted in . on Mar 15th, 2007
eu tardo mas nao me falto invento mas nao me iludo passarinhos tambem passarao contudo pelo alto .
suspiro em tarde de estio
Posted in . on Mar 15th, 2007
faz azul nenhuma lagrima pinga a espuma branca mas o oceano ainda nao lavou o sol .
na duvida, seja um so mas tome outra cerveja .
desfiladeiras
Posted in . on Mar 10th, 2007
sobe o dia sol no rio rio alto desce a noite eu subo no salto baixo pista levanto o asfalto sorry, periferia eu rodo, rodo e aviso to podendo mas no fundo preferia o seu sorriso
a legitima ou recuse imitacoes
Posted in . on Mar 6th, 2007
se falta algo a vida alga salgada ao mar me arrisco marisco musgo me turge o escuro musculo espasma espanta o marasmo em meu organismo orgasmo liquen faz . inda que tarde surja mas em verdade uma havaiana daquela nao era pra na hora h me inventar de soltar a tira mentira ora ninguem por […]
Deslize em Drummond
Posted in . on Dec 15th, 2006
no meio do caminho tinha uma perda
(para Patricia) Na confusa biblioteca Eu te achei o Zaratustra Tu me achaste o Sagarana .
Quem não abeira o abismo não despenca . . . . . . . . mas só quem arrisca a queda abre as asas –
diz que o doido tem um buraco oco bem no meio das idéias minhas idéias todas têm um buraco no meio doidas . mas nunca fico ôca e louca nem sou tão maluco é quem não tem pra ocupar sua solidão um coro de macaquinhos no sótão
confundo as marcas de carros meu celular é o pior acho a moda um mundo à parte meus desejos são mais caros meu ego consome arte meu espírito, amor
anacrônica arrítmica analógica meu agora é outro sempre ou quase presente do subjetivo qual seja momento vivo louco motivo em movimento tempo propício entre o princípio e o precipício (inspirado por Marcelo P.)
não quero o relato dos seus dias me conte seus sonhos que música ouviu que idéias teve se pensou em mim se está a fim de dançar do resto, me poupe. detalhes, com roberto carlos
ainda falta a palavra que tenha a fome de artaud a orelha de van gogh o deserto de rimbaud a echarpe de isadora o silêncio de beethoven a culpa do papa a saudade do filho de buda a solidão de ( * ) cujo nome ninguém escuta .
É só jogar um monte de palavras bonitas no papel Depois ir arrancando uma a uma, sem pena Até sangrar .
Chora escondido o palhaço Chora de dor, de cansaço Espantalho da tristeza Rebotalho da alegria Guardião da velha graça Patética alegoria Cor viva no chão da praça Dá-se ao riso de quem passa Farol de fogo de palha Nariz de chorão paspalho Roupa larga de retalho Cabelo palha de aço Trabalho que é passatempo […]