meu papel
de seda
molha
cada vez que você passa e nao
me olha
;
folha fina
em brancas nuvens
me dissolvo
na saliva
deixo na lingua
uma mancha
escura
;
desdobradura
do acaso
nem eu sei
me repetir
quando a dobra
dos meus olhos
se desmancha
.
LINDO
… isso é muito bonito, e o poema também.
“meu papel de seda” é de uma sutileza, uma elegância perturbadora..
Guga,
são seus olhos.
Elton,
agradecida.
Chris, andei pisando em pedras quentes, sem conexão, e nada como voltar e encontrar essa coletânea de amor em teias e laços. Letras que assentam mesmo sem acento, que escorregam pelos olhos e cristalizam a caminho.
Beijim.
Clarice, que pedras foram essas que te deixaram tão inspirada?
Quanto ao amor, este blog é testemunha de que você sempre torceu por mim, de modo que colete à vontade as teias e laços, e que lhe tragam sorte tamanha :)
beijs
Helena: origami. Isso é o que você faz com as palavras!
Dalva: arigatô.