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Monthly Archive for May, 2011

kafkiana

  cesse o cricrilo: sou réu confesso matei o inseto ! sim fiz aquilo não porque quí-lo mas porque grilo . . [em homenagem ao poeta, biólogo e esperançólogo Assis de Mello, a quem confessei recentemente um inseticídio atroz, aqui >> https://novoaemfolha.com/2006/08/a_esperan_a_que_morre.html ]

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arrepio

  lábil sentido: a língua do silêncio em meu ouvido .

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iluminação

  ! deus eu existo . fiz o sol aparecer aos pés do cristo

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cumulus

  pintou um clima: o tempo abriu um guarda-chuva com a gente em cima !

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nadação

  lava ardendo eu molhada e você nem ~ eu morrendo afogada e você nada ~~ você nada você nada ~~~ você nada muito bem

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  já dia eu vejo uma estrela que insiste em piscar num canto * brilha e no entanto seu desejo é o mais triste: possa o sol vê-la .

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volto ao jardim

. me enterro morto em teu verde conforto home sweet horto . se mente brotar um dia que seiva aflorir poesia *

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friaca

  sol frio me olha de soslaio me acerta a íris em cheio / saio intacta flor de maio ferida aberta em meio ao cacto *

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viva cidade

  . a cidade urbe urde uma cilada caravana ladra alcateia ruge a plateia é rude a janela é fosca o passante é tosco o possante é fusca a conversa é rusga o céu é vermelho a luz é tardia dia já vai tarde nem a noite surge nem a madrugada a vista é cansada […]

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obama não osama

  . pro vaticano, joão de deus é beato e alá, profano . mas não me engano: quem os ama não mata, não executa  . se há guerra santa, a paz é prostituta e o amor, boato .

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