Quisera eu fazer este soneto
Como quem faz desenhos na areia:
Traça uma linha a ponta do graveto,
Sobe a maré, apaga linha e meia.
Dos versos presunçosos que cometo,
Quero escrever, bem antes que alguém leia,
As letras em nanquim no fundo preto
Que, assim, a coisa fica menos feia.
Mas nem sempre a censura funciona,
Tem um sopro rebelde que me escapa
E, à minha revelia, vem à tona.
Debalde meu esforço, um mau poema
Liberta-se do escuro, à socapa,
Mata a família e estréia no cinema.
Saravá, Helena… baixou o Peloponeso inteiro agora!
agora estou sign in tb
Providencial post quase no aniversário do mito
bj
Evoé, Dalva! Não sei onde você viu esse Peloponeso todo mas, enfim… se tu Atenas, quem se Esparta?
Guga,
nem tinha reparado, mas é verdade: a bela estaria fazendo 82 aninhos… se o quadro do Warhol sofresse os efeitos do tempo, tipo “o retrato de Dorian Gray”, já pensou?
Beijos.
Adotarei o preto sobre preto. Delícia de soneto.
Jayme,
em caso de dúvida lírica, nada como um poema pretinho básico.
Mas delícia mesmo é ter meu soneto elogiado por você.
Beijos