: a quê se agarra a formiga? [Fábulas de Nóvoa]
Posted in poesia on Nov 9th, 2009
a formiga só trabalha porque não sabe contar a cigarra canta à toa pra ser despedida arrebenta o peito e na saída ainda tira sarro :-0~ fumega um cigarro
Posted in poesia on Nov 9th, 2009
a formiga só trabalha porque não sabe contar a cigarra canta à toa pra ser despedida arrebenta o peito e na saída ainda tira sarro :-0~ fumega um cigarro
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia on Nov 7th, 2009
fogo se alastra no lençol, ventilador vira girassol #
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia on Nov 6th, 2009
~ a folhas tantas a noite oxigena o ar que inspira as plantas ~~
Posted in poesia on Nov 2nd, 2009
.. enfim sóis em finde a dois enfronhados em lençóis em fina chuva bem embalados enfuna folha aflora o verde sorte nossa inflama entorna empoça o futon sem pressa a fim de tudo agora e sempre aqui afinal enfiados em nós sem fim das pontas ao final de tarde inícios muitos infinitivos feriados juntos e finalmente ao vivo em finados .. […]
Posted in poesia on Oct 23rd, 2009
ando confuso horário : meu relógio de sol vira a noite ao contrário * *coinciddenticum
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia on Oct 19th, 2009
de hoje em diante cada dia há de valer um dia amante <>
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia on Oct 15th, 2009
hai-cai balão : e afinal o balloonboy tinha os pés no chão . .
Posted in 100seleta, haiquase / senryu / tanka, poesia on Oct 10th, 2009
‘ traje de chuva: roupa de cama me cai como uma luva
Posted in poesia on Oct 5th, 2009
a l i n h a d a v i d a a l i n h a v a minha contramão à palma da sua : c a m i n h o d o c o r a ç ã o q u e a l […]
o vento há de trazer quem me procura e nem preciso soar a sereia pois bem sei que o amor tem seus sonares meus olhos d’água vão ondular os mares até encontrar a pérola obscura pra iluminar meu castelo de areia
Posted in poesia on Sep 22nd, 2009
– preciso dormir cem anos pra esquecer um sonho pra aquecer as perdas pra rasgar os panos pra embalar o sono da princesa-ninfa lagarta morta de tristeza e dor no escuro oco casulo crisálida crise até que aos poucos linhas tênues serpentinas desenhem sementes de fios meus cílios despertem de assalto meus olhos em asas de […]
; meu papel de seda molha cada vez que você passa e não me olha ; lágrima deixa mancha escura na minha folha fina branca ; desdobradura do acaso, nem eu sei me repetir quando a dobra dos meus olhos se […]
a sua ausência fala por si lêncio .
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia on Sep 15th, 2009
o céu desbota ; o azul veio choverde na minha horta . Ilustração Carolin Fennern
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia on Sep 13th, 2009
soleira brota : a prima-hera bate à minha porta . “Quando há coisas a realizar, pode-se crescer. (…) Aproximação significa tornar-se grande.” (I Ching – O Livro das Mutações)
Posted in Humor, maledicência e filosofia barata (Christiana), poesia on Aug 31st, 2009
: entre tenentes ateus e dementes a deus eu sou maiZeus .
* a estrela-dama ve’nua sem nuvem sem véu sem luva * convidando o sol pra sua cama de deusa carrossel * dossel da boca palato teto estrelado da vulva * luz da beleza ascende faça sol ou raie a chuva , sobe a estrela dalva e anuncia que só o amor salva o dia * * Astrologia […]
Posted in poesia on Aug 21st, 2009
Eu tenho essa musiquinha na cabeça há um bom tempo: panãpanã~panãpanã~panãpanãpanãpanãpanã. (Pra quem não está ligando o nome à pessoa: panãpanã – ou panápaná, há controvérsia – é o coletivo de borboleta.) É uma musiquinha muito simples, como todas as musiquinhas que ficam voejando na cabeça. Mas devo admitir que não sei escrever as notas, então preciso que você componha a […]
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia on Aug 21st, 2009
a manha é ser luz sol que move a si mesmo se a manhã chove ,
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia on Aug 21st, 2009
a noite tece teia de orvalho em vaga l’umidescência ;
Posted in poesia on Aug 17th, 2009
ò graça que não se esgota , mistério que não se explica : quanto mais sério fica , mais a gente goza !
Posted in Outras Palavras, poesia on Aug 10th, 2009
meu olho cego lê camões com as mãos ; o olho que molha o mar fi-lo sophia ; meu olhar de florbela espanca ; por me olhar por outra pessoa ; o poema que me olha nos olhos lê minski . (As partes sublinhadas são links para alguns poemas que vivem conversando aqui, em meu íntimo solar. […]
. a mulher do ferreiro pensa que o espeto de pau compensa a falta do vil metal .
Posted in poesia on Aug 5th, 2009
meu tímpano grita nesse urbano labirinto trompa ! de eustáquio . eu estou aqui ó : ouvindo um dizzy no rádio ; vivendo o dia-a-dióxido da cidade tóxica [essa tribo daqui brita paca bate estaca ataca martelo.bigorna.estribo] {eu cá toda cóclea concha búzia caramuja roca semifusa des-fio re-cordo longos estribilhos com meus caracóis} }dóem-me […]
Posted in poesia on Jul 28th, 2009
querem meus olhos vermelhos catar nos cacos vitrilhos apolpar na palha o ópio . . . mandala vitral reluz no fim do túnel de espelhos do macrocaleidoscópio
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia on Jul 26th, 2009
a manga verde cheira rosa promessa tiê tem pressa já-queira goza deita sua seiva aflora cai quem se arvora .
Posted in poesia on Jul 23rd, 2009
palavra sob a pálpebra arde , verve ácida pinga , lágrima ferve , lava , péla onde molha fere mesmo se trans lúcida ( eu bruta estupida mente límpida , filosofal pedra líquida ) .
Posted in poesia on Jul 14th, 2009
pela lente do turista a china me avista a vista uma fresta no véu da floresta súbito me asfalta dúvida concreta subir or not to bi cicleta ? . Imagens de passeio a pé à Vista Chinesa, no Parque Nacional da Tijuca, num […]
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia on Jul 7th, 2009
a sombr(a mor)deu a borda oca da )ua longe o so( zinho ) (
vivo cigana roda na estrada carta na manga rota na mão a caravana passa e eu, ladra ganho uma prenda teu coração um dia amarro minha carroça planto uma roça no teu regaço por ora solto volto pra praia com um braço do teu mar debaixo da saia … gira […]
Posted in poesia on Jun 3rd, 2009
se quer amor te dádiva até a morte sem volta . ser o último sou a primeira a querer sem dúvida . se quer forte eu não fraquejo mesmo na falta . se quer onde eu sinto a sua presença em volta . se quer longe não está mais aqui quem faltou
Posted in poesia on May 18th, 2009
Meus anjos tocam trombeta nos portos Meus mortos tocam banjo nas sarjetas Sinto pesar minha caneta, é fato . Vazia feito os moinhos que enfrento Sou prato cheio pra crítica alheia Eu levo jeito é pra viver de vento . Se hoje eu tiver que morrer, que morra Do lodo, de repente aflora um lótus . A fonte do meu fogo […]
Posted in poesia on Apr 23rd, 2009
. meu santo é forte: a má sorte está pela hora da morte .
. a lua chia mata em silêncio cheia de som e folha . foto: mata atlântica – broto de samambaia gigante, por luizdemog. [fonte]
Posted in poesia on Apr 9th, 2009
: sexta: a feira dá peixão .. sábado: o dia lê lua .. dormindo: de paz, quase : . Imagem: Serpentina, Beatriz Milhazes
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Nov 27th, 2008
o branco do olho pinta na pálpebra um arco íris .
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Nov 26th, 2008
é o mar em mim que não sei onde barco nem bem quem sinto com essa maré tanta onda me perco inda que leve a fundo ao cabo tudo que a corda arrebenta . toda tormenta tem sua bonança cada criança tem o seu instinto singrar na unha o espesso oceano por vir ao ar mesmo que um fio […]
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Nov 14th, 2008
ateorema inequação e-nigma insanalógico fórmula única insolúvel amalgarismo vírgula dígitos infinitos esquadratura do círculo raiz incúbica de pi se faz de conta me explica tudo expressa de modo preciso quão desmedido o que impermanece incógnito
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Nov 13th, 2008
meu leão ruge venha o varão que turge o verão urge Ilustração: Lion of Venice – Salvador Dalí, 1954
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Oct 14th, 2008
a última voz que anima um corpo insano é a dor paixão terminal da carne antes do sono a esperança é a penúltima que morre .
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Oct 9th, 2008
Pau no sistema [ pAusa para o poema ] Inverno, pena. Isso eu escrevi há 2 meses, quando soube que meu pai estava doente. Na época não quis publicar, ficou no rascunho. Agora vai, sei lá porquê. Antes que ele vá. Que Deus o (man)tenha, uma coisa ou outra, o que for melhor.
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Oct 2nd, 2008
volto pra casa trazendo um olho novo em cada asa .
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Sep 6th, 2008
o pens amente capta alguma id e o que não foi .. fôlego cata vento inspira sopra apróxima sí lá bússola girassol-dos-ventos seu leste é aqui lô metros da qui mera vilha esta rot açã o
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Aug 19th, 2008
O amor compensa todo crime que se pensa; sã-inconsciência.
Posted in *~*~* SARAU PERMANENTE *~*~*, ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Jun 23rd, 2008
Quadro de Lucas Penacchi Amigos do coração, eu venho por meio desta convidá-los pr’uma festa: um sarau de São João. A festança é no arraial novoaemfolha.com. O endereço é virtual mas o ambiente é bom. Não tem ladrão nem quadrilha, só poetas de família. Não tem fogueira ou balão, só a luz da inspiração. Não tem […]
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on Jun 12th, 2008
para guga . o amor que a gente faz surpreende que ainda soe perfeito como sói suspeito até que mais tanto tempo depois adoro como sois poente como sóis queimando ardendo em nós dois imagens: Benn Flemming
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia, sonetos on Jun 3rd, 2008
Quisera eu fazer este soneto Como quem faz desenhos na areia: Traça uma linha a ponta do graveto, Sobe a maré, apaga linha e meia. Dos versos presunçosos que cometo, Quero escrever, bem antes que alguém leia, As letras em nanquim no fundo preto Que, assim, a coisa fica menos feia. Mas nem sempre […]
Posted in ., Arquivos Christiana Nóvoa, poesia on May 13th, 2008
do lodo à glória desfolha-se efêmera flor de vitória . . .
-reptício outono lagarto se estira ao sol luz que nos réstia . . .
Posted in poesia on Apr 28th, 2008
Testávamos hipóteses lúdicas: vocábulos ímpares, proparoxítonos, infâmias excêntricas, pérolas cômicas.Brincávamos cândidos, ríamos súbito, íntimos. Ângulo ótimo, árbitro péssimo, átimo, ínfimo, átomo côncavo. Química atônita, física apócrifa. Dígitos rápidos, bólidos sólidos, símbolos fálicos. Cânticos pândegos, tímida música afônica. Idílio paradisíaco, triângulo mâgico, refúgio cômodo. Recôndito útero, pórtico rútilo, músculo sôfrego. Êxtase rítmico, legítimo relógio biológico. Cópula tântrica, cúpula […]