com meus versos
não estou aí
pra ser lida
ninguém se escreve
não sou quem digo
não digo ao que venho
onde vou
invento tudo
minto à vera
penso que merda e grito
quimera
pra ver se acredito
não penso tão bonito
quanto falo
(em falos penso, confesso)
escrita é jogo
distração
eu não
eu de verdade
estou aqui
em mim
agora
metáfora até que é bom
mas meu buraco
é mais por dentro
e se você
ainda tá aí
levando a sério
a minha estória
meu amor
leva a mal não
‘cê tá por fora!
Ó eu aqui na fila do gargarejo, ó!
Brincando de esconde-esconde? Ou “fingindo que é mesmo dor a dor que…”.
“Não penso tão bonito/quando falo…”
Alguém disse que escrever é cortar palavras. Mas palavra dita não dá prá editar. É assim com você?
Preciso visitar com urgência aquele link de poesias suas.
Beijo. ;}
Eu me deleito aqui neste blog! Guria, que coisa boa te ler! Beijocas!
é como saber que o poema , depois de pronto, tem traços de sangue?
Bonzim…
Se aquele ditado popular for mesmo verdade -“Escreveu, não leu, o pau comeu” – então tá tudo bem… rs
Gostei do poema. Beijos!
Sou péssimo em interpretar e comentar poemas.
***
Mas o comentário da Renata lembrou-me do L. C. Alborgheti. Dizia ele: “Vagabundo?!? Escreveu, não leu, o pau, COMEU! COMEU!” E alucinado batia com um cassetete na mesa, no balcão e em todo o resto do estúdio.
***
Aquilo sim era programa de televisão.
Abraços
Ok, versos com versos serão respondidos:
Não sei falar de mim mas falo
Palavras se escrevem e eu me calo
O tempo é soco e o soco não sara
Rara é a vida e o amor é a máscara
Língua é bala se míngua é a fala
Mas não tenho certeza de nada
Não sei falar de mim mas falo
O tempo se escreve e eu me calo
Inagaki,
A-DO-REI o poema! Seu enrustido, fica se aproveitando do público mais intimista de meus comentários pra soltar suas pérolas! Vou lá no “Pensar” contar pra todo mundo! Ha, ha, brincadeira, pode ficar escondidinho aqui, luxo de poucos e bons.
Aliás, só vem gente bamba aqui falar comigo. Renata-mulher-moderna e “Pintim” (bonzim é você, viu?), penas ultra-afiadas; mario cezar e Tita, grandes poetas; Clarice e Ricardo, poetas também, que eu sei. Grande prazer trocar palavras com vocês.
Beijos.
Chris, não há nada como o espaço mais aconchegante e reservado daqui, onde mocinhas podem exibir seus pernis sem serem assediadas a não ser pelos mais atentos. ;)
Pra mim vale. Eu sou praticamente despalavrado. Devo ser um enxerido. Me dá um certo pudor de enxergar por entre frestas. Vale mandar beijo?? Lindona!!!
Você tem razão, Inagaki, isso aqui parece aquelas reuniõezinhas íntimas onde só tem 20 pessoas, mas são TODAS interessantérrimas. O tipo do evento que me agrada, um sarauzinho de primeira. Onde se pode até mostrar um pernil sem susto porque, se rolar cantada, vai ser inspiradíssima, em boa métrica e rima rica! ;o)
Nandooooooooo, que surpresa boa! Você que é lindo! E peraí, essa vergonha toda pra mim é novidade, “naquele tempo” (não vamos contar quanto pra não denunciar nossa antigüidade) você era mais despudorado! :o)))
Beijos, beijos.
Eu não me traio em enganos
Lendo aqui os teus versos
Que os poemas como os panos
Recobrem as verdades, perversos
Invente sim e fale e diga
Porem nao tente esconder
Pois se é mesmo minha amiga
No fundo me fará tudo saber
Flavio, você também é poeta, e dos bons! Este sarau está mesmo o fino.
E não é que você está certo? Eu invento, minto, disfarço… mas, se você prestar atenção, vai saber que, no fundo, é tudo verdade. :o)
Beijos.
E eu que ia entrar aqui com meus pobres versos alexandrinos – mas os taludos não conseguiram passar pela porta.
:-)
(pensando bem, já tivemos aí o soneto alexandrino inagakiano, que fechou a questão, oras!)
Beijos
Alexandrinos??? Ah, Nelson, faça-me o favor de pôr os grandalhões na roda!
Sabia que o meu nome completo é um verso alexandrino? Olha só:
chris/tia/na he/le/na/ nó/voa/ so/a/res/ car/nei/ro
mas nem minha mãe me chama assim, com essas sílabas todas. Haja fôlego declamatório…
Mas voltando, Nelson, os versos. A platéia aguarda ansiosa :o)