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Microcontos

a casa das mil portas.gif
Tem microcontos meus na nova fornada do interessante projeto A Casa das Mil Portas, do Nemo Nox.
Dentre os autores tem muita gente boa que eu já conhecia, como Idelber Avelar (nos brindando com um raro momento assumidamente literário) e Alexandre Inagaki, um dos primeiros a aderir à brincadeira. Também descobri novas preciosidades, como o blog da Crib Tanaka (vocês têm que ir lá ver como ela escreve MUI lindamente!), entre inúmeros outros que vale a pena visitar.
A idéia aqui é contar uma história em cerca de 50 caracteres, ou menos, a exemplo da célebre “Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá.”, do guatemalteco Augusto Monterroso.
Como a ordem em que os contos se apresentam é aleatória, e são até agora 111 autores, vocês podem ficar um tempão explorando a “casa” e nem chegar a ver alguma de minhas cinco pequenas infâmias. Ei-las portanto aqui agrupadas, para vosso conforto:
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Tinha medo de morrer dormindo. Morreu em pé, de medo.
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Entrou escondido, pé ante pé, para que não se encontrasse.
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Tinha muita gente dentro daqueles olhos. Foi fumar lá fora.
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Atravessando a rua, pensava: a vida é. No que pensou, já era.
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Sempre foi um otimista. Ao suicidar-se, morreu de rir.
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12 Responses to “Microcontos”

  1. Mesmo com poucas possibilidades algumas portas da casa ainda abrem para cá! ;) Foi assim que cheguei aqui.
    A princípio achei esta idéia de nanocontos (não consigo chamar de microconto algo tão pequeno) uma tolice, mas acabei escrevendo meu quinhão também e mandando para lá. Arrisquei até um artiguinho: http://www.roney.com.br/content/view/199/36/. Mas vou revisá-lo pois mudei de idéia.
    Uma coisa eu já notei. Bons nanocontos geralmente são escritos por blogueiros criativos: adorei o seu blog, viu?

  2. Lucia Malla says:

    Gostei do “nanoconto” no comentario do Roney! :-)
    E gostei do seu nanoconto da vida q jah foi. Bem reflexivo…

  3. Cynthia says:

    Ótimos !! Adorei especialmente o do “foi fumar lá fora” (e será que não dava pra você escrever alguma coisa ruim de vez em quando, não, Chris ? Tô ficando monótona nos elogios)… ;o)

  4. Clarice says:

    O bom da vida é a surpresa. Você é uma caixa delas. Quando penso ter seguido suas letras em todas as suas receitas, você dá uma guinada e arregala meus zóios.
    Adorei cada nanoconto. Voltando àquela idéia de que escrever é cortar palavras, que tesoura, hein, minha cara! Essa habilidade para a síntese, que eu não tenho – e desisti de me desculpar por isto -, é o que faz o nó no laço e eu admiro muitíssimo quem consegue fazer isto tão bem. Por isso adoro ler crônicas(e blogs).
    Vou visitar a fornalha, claro!
    Beijão e bom final de semana. ;}

  5. christiana says:

    Roney, que legal que uma das mil portas te trouxe aqui!
    Lucia, maior prazer receber sua viajante malla aqui no sítio!
    Hahaha, Cynthia, eu escrevo MONTES de coisas ruins. É que nem todas eu publico…
    Verdade, Clarice, eu me amarro em tesourar os textos, sempre acho que menos é mais. O Monterroso, citado no post, dizia que um bom conto será sempre um conto curto. Mas tem que nós somos mulheres e também adoramos falar pelos cotovelos e tal. Então acredito em Monterroso mas só até a página 5. Tem horas que a gente tem que se alongar, pra ir mais fundo. O negócio, como sempre, é equilibrar. Olha eu falando um monte!…
    Beijos.

  6. Flavio Prada says:

    Vida e morte, claro e escuro, luz e sombras. Quanto se encontra em suas linhas! Essa casa esta ainda masi bela.

  7. Gejfin says:

    Gostei de todas, mas essa foi a que assinalei com uma estrelhinha:
    “Atravessando a rua, pensava: a vida é. No que pensou, já era.”
    Bj! :)

  8. Leila says:

    O mais engraçado (mas enlouquecedor) nessa Casa das Mil Portas é que fico clicando super rápido até aparecer o nome de um autor amigo, mas “quando vi, já era” e o clique passa adiante, eu perco o microconto do amigo e não tem como voltar pra trás!!! Bem que podia ter um jeito de dar um “back” e ver o conto anterior, mas sei que a ordem das portas é aleatória de propósito mesmo.

  9. christiana, o melhor da casadas mil portas é descobrir o que está por trás. temmuitas surpresas bacanas, você conhece muita gente boa. e nunca se sabe onde vai chegar. atravessar é se guiar pelo vento é só o contentamento de não saberonde sequer estar. beijo. valeu a visita.

  10. christiana, o melhor da casadas mil portas é descobrir o que está por trás. tem muitas surpresas bacanas, você conhece muita gente boa. e nunca se sabe onde vai chegar. atravessar é se guiar pelo vento é só o contentamento de não saber onde se quer estar. beijo. valeu a visita.

  11. christiana says:

    Gente, agradecida pelas visitas e pela condescendência para com minhas historietas. Engraçado que as “mais votadas” foram as que eu pessoalmente mais questionei. Isso me deixa mais tranqüila com relação a elas, e bem preocupada com relação ao meu gosto pessoal :o)
    Beijos.

  12. sergio leo says:

    Aconteceu comigo o mesmo que com a leila; quando v. quer parar, já clicou e o conto se perdeu na série aleatória. A idéia dos microcontos é ótima, e os seus, excelentes… Meus preferidos foram os dois primeiros.
    Mais, mais!

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