O Gejfin criou este mimoso panfleto pra ilustrar nossa “passeata virtual”.
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Cora , Guto , Idelber , Leila , Paulo , Sergio , Tiagón, Inagaki, entre outros. A lista não pára de crescer. É a blogosfera unida em defesa da justiça e da democracia. Expresse sua indignação, proteste você também.
O povo unido jamais será vencido!
Panfleto
May 18th, 2005 by Christiana
Cada vez que olho isso de novo fico louco pra cortar eles fora de uma vez! Acho que vou imprimir um só para fazer o ritual.
Fora! Fora Garotinhos!
Bj!
O casal Garotinho, já devidamente escracho neste e em outros espaços internéticos, e também pela imprensa escrita e falada foi condenado, ao que parece hoje (18/05/05) ou ontem. Perdeu seus direitos políticos por ter, segundo a decisão, comprado votos de coitadinhos que – certamente – não os queriam vender.
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A sentença, pelo que se pode ler nos jornais on-line (O Globo, em especial) teve duas motivações. Primeiro, a própria imprensa, ou as notícias que nela foram publicadas, criando clima de caça às bruxas. Segundo, as declarações que o Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro – “o” Garotinho, esposo “da” Garotinho -, deu à respeito do Poder Judiciário daquele Estado e à respeito da Juíza do processo.
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Com todo respeito, vingança não pode ser motivação a orientar sentença proferida em assunto da seriedade deste, que envolve uma Governador de Estado.
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Não estou defendendo o casal. Se houve compra de votos, que sejam punidos. Mas a Juíza que proferiu a sentença, no mínimo, tem sua parcialidade suspeita, a partir do momento em que ameaçou processar “o” Garotinho.
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Por isso não me empolgo com escândalos criados pela imprensa (FHC confessou que, para abafar escândalos sérios, criava outros, maiores e fantasiosos – Lula, aliás, segue o modelo). A massa, quando reunida, deixa de ter razão própria e segue ao sabor da maré.
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Entretanto, em se tratando de Campos dos Goytacazes, injustiça não é novidade. Manoel da Motta Coqueiro que (se vivo fosse) o diga.
Abraços
Apenas uma correção, a decisão é de sexta-feira passada.
Querido Ricardo,
talvez pela distância que o separa aqui do Rio, você parece estar tendo uma visão incompleta do caso.
Então vamos esclarecer alguns pontos:
A sentença de inelegibilidade não se deve aos ataques feitos à juíza (posteriores à mesma, portanto não considerados no processo) mas à compra de votos, inclusive com recursos públicos, tese fundamentada por provas e testemunhos. Eu, como carioca, já sabia desta prática do casal e, à boca pequena, pessoas conhecidas minhas já afirmavam há tempos que as próximas eleições no estado já estavam decididas de antemão, tamanho o esquema que foi montado para coação, que incluía não só a distribuição de benefícios (desde óculos até casas a 1 real) mas também a vinculação destes à contagem de votos. Coisas do tipo: distribuem-se 1000 óculos numa determinada região, mas sem as hastes. Só após a comprovação dos 1000 votos na urna daquela região é que as pessoas poderiam receber as hastes dos óculos. Coisas desse nível pra baixo.
* * *
Não é possível tolerar estas práticas que ofendem os critérios democráticos mais básicos. Estou falando aqui como cidadã fluminense, sem levar em conta minhas preferências políticas pessoais. E não podemos culpar o povo miserável e ignorante das regiões mais carentes do estado por venderem seus votos em troca de esmolas. Esse caso é de responsabilidade exclusiva dos governantes que deveriam oferecer tais benefícios sem exigir nenhuma espécie de contrapartida.
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Outra coisa: quem está exigindo a retratação pública do casal e aventando a hipótese de entrar com uma ação não é a pessoa da juíza, mas a Associação de Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (AMAERJ), por causa dos ataques proferidos contra a juíza em programas de rádio da governadora e de seu esposo. Estes mesmos impropérios foram reproduzidos por carro de som nas proximidades da casa da juíza em Campos, como recurso de achincalhe público e intimidação. A AMAERJ realizou hoje ato público de apoio à juíza, para que a independência entre os poderes não seja ameaçada por procedimentos característicos de mafiosos que desprezam as leis e a decência e crêem na impunidade. Existem recursos legais para contestar esta decisão, e é por estes meios que o casal deve buscar se defender, como qualquer outro cidadão. Do contrário, o poder judiciário fica seriamente ameaçado em sua soberania.
Se o abuso de poder ainda é comum neste país, não é razão para que não seja punido com o rigor da lei.
Estamos na verdade livrando o país todo desse mal, pois Garotinho está muito bem articulado para tentar a presidência, tem os crentes a seu favor e a máquina do Estado do Rio nas mãos. Não pensemos que, na campanha presidencial, ele agiria com mais lisura do que tem agido até aqui.
Compra de votos é crime gravíssimo e não pode passar impune.
Eu vou mais longe e, se existem provas de fraude eleitoral, peço IMPEACHMENT JÁ!
* * *
Por fim, meu amigo, adoraria que você e Angela viessem visitar o Rio, para verem com seus próprios olhos o estado lamentável em que se encontra, em contraste com obras faraônicas e eleitoreiras de beira-de-estrada, como deprimentes outdoors do desgoverno dos Garotinhos.
Beijos.
Oba, vamos viajar!!!!
Abraços
Christiana
Não me entenda mal. As críticas feitas por Garotinho ao Poder Judiciário a que me referi são anteriores a qualquer processo que tenham sofrido. Se deram em vista da posição de Secretário de Segurança que o indigitado ocupa. E, em relação à Juíza, as críticas são anteriores à sentença, segundo consta nos jornais, elas vêm desde a tomada de depoimento do casal. Houve, claro, intensificação das mesmas depois da sentença, disso não dúvido.
***
A sentença não possui, como argumento, os ataques. Aliás, nem poderia. E certamente isto lá não está escrito. Mas, se havia intenção de absolvição, esta esvaiu-se com as críticas feitas pelo casal. Elementos para condenar são arranjados (ou arranjáveis), tanto quanto elementos para absolver. É, em qualquer caso, simples questão de retórica.
***
Ademais, dizer que o casal comprava votos em eleição que nem deles era, e cassar os direitos políticos de ambos é decisão que exige, no mínimo, provas inquestionáveis e inequívocas. Não sei se depoimentos de testemunhas – que como você disse são miseráveis e ignorantes – é suficiente.
***
Prefiro esperar a decisão do tribunal, que virá depois de passado o turbilhão criado pela imprensa. Se a segunda decisão, mais pensada e menos afetada pela opinião pública for contrária ao casal, prometo me juntar ao coro, ainda que não more no Rio.
***
Quanto ao convite, claro que aceito. Mas só se for para ver o que há de bonito. E a Ângela está arrumando as malas.
Christiana
Não me entenda mal. As críticas feitas por Garotinho ao Poder Judiciário a que me referi são anteriores a qualquer processo que tenham sofrido. Se deram em vista da posição de Secretário de Segurança que o indigitado ocupa. E, em relação à Juíza, as críticas são anteriores à sentença, segundo consta nos jornais, elas vêm desde a tomada de depoimento do casal. Houve, claro, intensificação das mesmas depois da sentença, disso não dúvido.
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A sentença não possui, como argumento, os ataques. Aliás, nem poderia. E certamente isto lá não está escrito. Mas, se havia intenção de absolvição, esta esvaiu-se com as críticas feitas pelo casal. Elementos para condenar são arranjados (ou arranjáveis), tanto quanto elementos para absolver. É, em qualquer caso, simples questão de retórica.
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Ademais, dizer que o casal comprava votos em eleição que nem deles era, e cassar os direitos políticos de ambos é decisão que exige, no mínimo, provas inquestionáveis e inequívocas. Não sei se depoimentos de testemunhas – que como você disse são miseráveis e ignorantes – é suficiente.
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Prefiro esperar a decisão do tribunal, que virá depois de passado o turbilhão criado pela imprensa. Se a segunda decisão, mais pensada e menos afetada pela opinião pública for contrária ao casal, prometo me juntar ao coro, ainda que não more no Rio.
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Quanto ao convite, claro que aceito. Mas só se for para ver o que há de bonito. E a Ângela está arrumando as malas.