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caí aqui de passagem

não tenho carro ou bagagem

vago com a cara e a coragem

de errar e seguir viagem

 

meu caminhar é ligeiro

num passo ando o mundo inteiro

não me troco por dinheiro

fabrico ouro verdadeiro

 

confesso que não venci

mas um dia fico rica

rica-de-marré-de-si

 

o universo está por vir

um verso meu é o que fica

e eu não estou nem aí

 

.

.

.

3 Responses to “soneto da boba da corte”

  1. tesco says:

    É desse jeito que “o acaso vai me proteger…” (Epitáfio).
    Beijos.

  2. googala says:

    Default onde Rio.

  3. Também sou assim. Se fosse no masculino, seria eu. Obrigado por ser assim.

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