serei aquela que inventa
o solitário marujo
náufrago em árdua tormenta
calhando à ilha onde fujo
serei a areia e a esponja
água-doce e flor-de-sal
a messalina e a monja
no idílio azul de um luau
e eu, bacalhau de quitanda
quimera, mito que nada
serei sereia que anda
rabo-de-arraia que corre
uma água-viva que morre
na praia e acorda molhada
[arquivo em audio >> o canto da kianda ]
LINDO
está no meu BLOG
beijinho
Que poema perfeito! Parabéns!
Um mundo onirico criado em poucos, mas belos, versos. E o prazer da leitura, sempre intacto. Obrigada!