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o trocador

Jan 10th, 2013 by

 

não importa o sentido

 

todo caminho

leva à morte

a vida é só

o transporte

 

trocando em miúdos

troco o dó

pelo sol

sustenido

 

troco a dor

de andar só

por dinheiro

(um trocadinho)

 

troco tudo

pelo idílio

de um grande amor

passageiro

 

(com trocadilho)

 

 

 

 

Posted in Uncategorized

5 Responses to “o trocador”

  1. BRUNO SOUZA says:
    11/01/2013 at 12:58 pm

    ADOREI INSPIRAÇAO E CRIATIVIDADE BRUNO SOUZA TROCAREMOS

    Reply
  2. BRUNO SOUZA says:
    11/01/2013 at 1:02 pm

    ADOREI SEU TALENTO

    Reply
  3. antonio saias says:
    11/01/2013 at 1:58 pm

    meu poema novo

    meu OVO

    de hoje

    meu renovo

    :
    TODA A GENTE DEVIA TER O SEU POETA

    como tem o seu barbeiro ou cabeleireiro
    o seu médico-de-família
    a sua empregada favorita de Mercearia de Bairro
    – toda a gente
    devia ter o seu poeta

    como tanta gente
    tem
    o seu psiquiatra
    o seu dentista
    a sua manicure
    até o seu personal trainer
    por que não
    ter o seu poeta pessoal

    romântico para as fases amorosas
    épico para as situações de pré-rotura
    política do país
    sarcástico quanto baste
    para quando lhe apontam como única saída
    a corda
    e a trave

    o poeta pessoal seria pago
    pela Segurança Social
    escreveria poemas – odes
    ou sonetos
    como o seu médico lhe prescreve
    comprimidos pomadas
    pensos injeções

    em caso de necessidade urgente
    iria a casa
    sem que por isso
    houvesse taxas
    mesmo para estas consultas ditas
    domiciliárias

    todos os Bairros estariam equipados
    com Farmácias
    os medicamentos seriam livros
    jornais revistas da especialidade
    as Farmácias seriam
    portanto
    Bibliotecas

    como seriam melhores a vida e o mundo
    se toda a gente tivesse
    o seu poeta
    1

    Reply
    • dalva says:
      21/01/2013 at 7:34 am

      Nem só de pão vive o homem,
      diz o tal livro.
      Mas também de todo o poema,
      de toda a trovinha,
      de toda rima encontrada
      entre o sim
      e o não.

      Bendito seja aquele que espalha
      poemas à mão cheia.

      Ou não?

      Reply
  4. dalva says:
    21/01/2013 at 7:32 am

    Que bárbaro! Que cheirinho de Machado, bem espalhado em camada fina.

    Reply

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