nuvens vermelhas
escorrem prantos
encharcam panos
entornam pântanos
cobrem folhas como mantos
escorregam pelas telhas
saltam beiras
correm canos
córregos entoam cânticos
nos cantos cheios
de chuva e seivas
de ervas e sândalo
lótus derramam cântaros
de águas de cheiro
no meu canteiro
de flor de cânhamo
Me remeteu logo cedo a uma passagem de Cem Anos de Solidão, quando os habitantes de Macondo saíram em excursão à procura da civilização e se viram rodeados por uma floresta tão densa que eles foram entristecendo, e o ar tinha cheiro de sangue. O teu ar tem cheiro de especiarias, Helena.
GOSTO
E menso