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Há muitos anos atrás, um livreiro meio doido me deu de presente um livrinho curioso, cheio de teorias conspiratórias esotéricas, chamado “Os livros malditos”, de Jacques Bergier (ed. Hemus). Nem sei se ainda é possível encontrá-lo à venda mas o tenho aqui em mãos.
Traz várias histórias bizarras e supostamente verdadeiras sobre a destruição sistemática desde tempos imemoriais – empreendida por uns tais “homens de negro” (ui, que macaaaabroooooo) – de livros e obras reveladoras de altíssimos e profundos segredos. O incêndio da biblioteca de Alexandria nada mais teria sido que um dos ousados atos terroristas da tal “ordem negra”…
Sei não, acredito em tudo só até a página 5, mas ele cita vários casos e fundamenta, ou finge fundamentar. Tive preguiça de verificar as fontes mas pelo menos uma passagem do livro tornou-se um de meus exercícios de imaginação favoritos. Penso em escrever um conto sobre isso um dia mas sempre adio o projeto. Então, enquanto seu lobo não vem, publico aqui o trecho para que vocês também se divirtam e me dêem sugestões. Prometo dar os créditos quando escrever minha pequena-grande-obra. Aí vai:
“No momento em que escrevemos, um iate luxuoso percorre os oceanos do globo. Traz bandeira que não é de nenhum país conhecido ou desconhecido. Tem a bordo um certo número de guardas armados, pois muitas vezes tentou-se forçar o cofre-forte do capitão; esse cofre contém um livro muito perigoso cuja leitura torna louco o que lê e se chama Excalibur.”
…
Então, o que estaria escrito neste livro de TÃO perigoso?
O nome de Deus? Os resultados da loteria da Califórnia até 2020? A prova do amor de Cristo por Maria Madalena? A fórmula da pedra filosofal? Ou será apenas uma perguntinha auto-reflexiva, tipo “quem és tu”?
Penso que bem pode ser como o livro de areia de que fala Borges, que a cada vez que se abre é um livro diferente portanto nunca se volta à mesma página…. penso num livro que conte a história de quem o lê e descreva em detalhes sua morte… penso numa simples página em branco….
Diga aí: e pra você, o que pode haver num livro que leve à loucura? Que idéia faria em pedaços cada uma de suas certezas?
Hein? Pense… (imagine um pêndulo diante de seus olhos: tic-tac-tic-tac…)
Mas peraí: os tais guardas armados são analfabetos, não têm curiosidade alguma (nesse caso, aposto que não são mulheres) ou será que estão todos loucos? E o capitão, que a essa altura deve estar completamente ensandecido, será que ainda lembra o segredo do cofre?….
Hum…pense mais…eu, de minha parte, estou ficando um pouco zonza…
(momento dossiê: se eu morrer esta semana, os culpados são os Homens de Ne..

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