perdi minha identidade em algum ponto do caminho.
sei lá se na rua, no balcão da lanchonete, no banco do ônibus na volta pra casa.
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quem sabe num rasgo da bolsa, num bolso furado ou, pior e até mais provável, no buraco negro do meu próprio caos.
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se alguém me encontrar, não devolva. a foto era péssima.
Ah! Não tente me enganar! Há poetas com identidade, são enganadores que curvam as palavras como o arqueiro curva o arco antes de enviar a flexa para o olho do alvo.
Outros poetas são a flexa tensa entre os desejos obscuros das palavras e esses são os artistas que nos levam a alvos inesperados, muitas vezes sem centro, sem borda, sem introdução ou epílogo, mas sempre com centros ricos em transformações.
Esses poetas não tem identidade, nunca tiveram e assim tem todas as identidades!
… Devia ler vc com mais frequência! Faz bem à alma! ;-)
eu achei. Mas não devolvo.
Gostei, H. Como sempre, aliás.
Roney, grata por seu comentário inspirado e inspirador
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Guga, pode ficar, é toda sua
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Dalva, agradecida, como sempre, aliás
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Bjos