ó deus livrai-me dos chatos
dos crentes
dos literatos
dos ateus
de deus e o diabo
dos vícios
e das virtudes
dos inícios
e finitudes
e por fim
deus meu do céu
oh hell
livrai-te de mim
Sep 3rd, 2012 by Christiana Nóvoa
ó deus livrai-me dos chatos
dos crentes
dos literatos
dos ateus
de deus e o diabo
dos vícios
e das virtudes
dos inícios
e finitudes
e por fim
deus meu do céu
oh hell
livrai-te de mim
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oh hell, como isso é bom!
GOSTO
afinal já a vi, com gosto,
pela minha “casa”
beijinho
* Nota da revisora:
No verso “livrai-te de mim”, “livrai” diz respeito à segunda pessoa do plural (vós) e “te” à segunda pessoa do singular (tu). Isto pode significar:
a) um erro de concordância. (pelo qual a poeta, esta ignorante que vos fala, pede o divino perdão)
b) uma ‘gafe’ de tratamento – você está conversando com vossa majestade e de repente trata o cara por tu.
c) ‘te’ aqui refere-se ao próprio leitor.
d) ‘te’ refere-se a uma terceira pessoa, ausente do discurso, porém subjacente ao pensamento da poeta.
e) ‘te” diz respeito ao inferno, mencionado mediante um estrangeirismo no verso anterior. E como Sartre já dizia que o inferno são os outros…
f) nenhuma das alternativas anteriores.
g) a poeta é louca.
h) há opções demais.
:)