o fóton
Posted in 100seleta, Uncategorized on Apr 15th, 2012
a insubstância da luz é o amálgama entre a ânsia e o meu dia fragma .
Posted in 100seleta, Uncategorized on Apr 15th, 2012
a insubstância da luz é o amálgama entre a ânsia e o meu dia fragma .
Posted in CAIXA POSTAL, Uncategorized on Apr 10th, 2012
a mata escuta os dez mil sons da dança muda das mutações
Posted in Uncategorized on Apr 10th, 2012
tento escrever “érro e consérto” assim aberto e vê só que aperto: se invento acento por certo erro se escrevo certo não tem conserto fico no erro .
Posted in haiquase / senryu / tanka, Uncategorized on Apr 8th, 2012
o dia estoura o sol molha o sereno ouro banha o breu ; a terra me olha numa gota de chumbo que o azul derreteu .
Posted in Uncategorized on Apr 7th, 2012
percebo perplexo que o amor é efêmero : faz gênero e muda de sexo .
Posted in Uncategorized on Apr 7th, 2012
se a vida anda só, convide-a para ver o sol nascer numa orquídea ..
Posted in Uncategorized on Apr 6th, 2012
a maré leva o barco um arco o mastro a seta tesa à noite os astros mantêm a brisa da vela acesa
Posted in Uncategorized on Apr 6th, 2012
a vaidade é uma praga a fama, um jogo de risco : quem vai dormir lady gaga acorda lady francisco .
Posted in Uncategorized on Apr 3rd, 2012
nem toda beleza dura e eu que sou cega admito seda impura não me pega : só reconheço o bonito pelo avesso da costura .
Posted in 100seleta, Uncategorized on Mar 30th, 2012
catar os restos de um verso triste exumar o adeus , deus se existe é nos pequenos gestos .
Posted in 100seleta, Uncategorized on Mar 27th, 2012
32 vácuos me mordem e os dentes do caos na mais perfeita ordem .
Posted in Uncategorized on Mar 25th, 2012
colibri furta-cor rabisca com o bico um arabesco verde cor de céu na boca de mel na coxa uma sede em cada flor roxa do hibisco
Posted in 100seleta, Uncategorized on Mar 22nd, 2012
o sapo coaxando a cigarra chia uma prece a araponga buzina o dia, uma fresta na cortina a vida se aquece na floresta como orquestra cochichando na coxia
Posted in 100seleta, Uncategorized on Mar 21st, 2012
consumo é um trem que vem com tudo contudo sem conteúdo .
Posted in Uncategorized on Mar 19th, 2012
quem anda tira de letra a trilha na ponta da sapatilha .. entra de sola não solta a tira a sandália da andarilha
Posted in Uncategorized on Mar 13th, 2012
sopro imaginário é o som de um suspiro um assovio um fio suspenso por dentro , do lado de fora do aquário vazio em que vivo e penso que respiro ,
Posted in Uncategorized on Mar 9th, 2012
procuro urgente um futuro bem-passado embrulhado pra presente
Posted in Uncategorized on Mar 8th, 2012
a última lágrima é sempre a mais leve difusa furtiva lástima convulsa ; lava o que me leva vela quanto pesa , livre o que me vive vale quanto pulsa .
Posted in 100seleta, Uncategorized on Feb 29th, 2012
saem as moças pro trottoir: à luz da rua um paná-paná de mariposas de lupanar ~ ~~
Posted in 100seleta, sonetos, Uncategorized on Feb 27th, 2012
caí aqui de passagem não tenho carro ou bagagem vago com a cara e a coragem de errar e seguir viagem meu caminhar é ligeiro num passo ando o mundo inteiro não me troco por dinheiro fabrico ouro verdadeiro confesso que não venci mas um dia fico rica rica-de-marré-de-si o universo está […]
Posted in 100seleta, Uncategorized on Feb 25th, 2012
à noite teço desde o começo um véu de túneis no fim do céu espesso
Posted in Uncategorized on Feb 23rd, 2012
tenaz mente transbordo sonhos fundos que esqueço e acordo num mundo insistente de que me recordo mas não reconheço
Posted in Uncategorized on Feb 14th, 2012
noite e dia há um vão entre a luz e a anti matéria entre a sorte e a miséria então sorria: você está sendo formado neste exato instante esfera tecendo o tempo ao quadrado a espera é uma sucessão de aquis ser feliz está sempre por um xis
Posted in Uncategorized on Feb 7th, 2012
sou forte, confesso. você vem com ferro eu con verso . . . – Minha singela homenagem a Pedro Rios Leão (10 dias de greve de fome pela desocupação violenta de Pinheirinhos) e Vitor Suarez Cunha (que teve o bonito rosto esmigalhado ao defender um morador de rua da agressão brutal de seres inumanos). […]
Posted in 100seleta, Uncategorized on Feb 6th, 2012
lavro versos curtos como orações palavras são legiões de demônios expulsos corto advérbios pronomes poupo os pulsos .
Posted in Uncategorized on Feb 6th, 2012
há o gozo porém antes pôr em ordem a ardência do fogo … paciência não é um jogo para principiantes
Posted in 100seleta, Uncategorized on Feb 2nd, 2012
não sou santa tenho buda só descanso em kama sutra via dutra quando alinha minha espinha aos chakras teus é um deus nos sacuda …
Posted in Uncategorized on Feb 1st, 2012
sinto muito não sou pouca antes só que meia boca . … água mole em boca dura tanto late até que cura …
Posted in Uncategorized on Jan 31st, 2012
ardem-me às costas em brasas as cicatrizes expostas das asas arrancadas a frio com uma faca sem fio ..
Posted in Uncategorized on Jan 28th, 2012
a solidão é sólida e tão densa que a sombra do sol cabe imensa num só não .
Posted in Uncategorized on Jan 22nd, 2012
na porta do inferno estava escrito: é proibido fumar macondo .
Posted in Uncategorized on Jan 19th, 2012
60… 70… e 90? (e nem chove?) 20 dizer: não 10-espere, não p-re, inspire… e i-9 .
Posted in Uncategorized on Jan 18th, 2012
o exato momento do encontro : seu auto retrato em preto dentro do branco do olho do outro .
Posted in Uncategorized on Jan 17th, 2012
pisco pisco e não capisco não entendo quem não assume o lusco-risco eu sou meio vagalume mas ascendo . . .
Posted in Uncategorized on Jan 15th, 2012
entre as pedras e a água: meio-fio entre a metade e um inteiro: vazio entre as perdas de janeiro: rio … .
Posted in 100seleta, sonetos, Uncategorized on Jan 13th, 2012
da teimosia de que eu peco … eco do pensamento que me aturde … urde como que por encanto surge … urge a sua imagem que disseco … seco se essa voz débil que re-clama … lama fosse punhal que a vida amola … mola veria no amor que descola … escola portal da luz […]
Posted in 100seleta, Uncategorized on Jan 11th, 2012
viver é um vício, socorro ! um dia ainda morro disso .
Posted in Uncategorized on Jan 10th, 2012
urubus nascem de novo em um estalar de ovo nascer macaco inda que fêmea há que ser macho pra ver a luz o buraco é mais embaixo
Posted in Uncategorized on Jan 8th, 2012
um passo avança dois pra trás … perco a graça nessa dança descompassa o pas-de-deux entre o seu deus e a minha ânsia
Posted in Uncategorized on Jan 7th, 2012
sem os beijos de costume , minha pele em vão se dobra , pergaminho no descarte do curtume , obra de arte no despejo do porão , sem ciúme sem desejo morta à míngua . . . até que vibre o céu da boca e, rediviva , minha língua partida de cobra , fina […]
Posted in 100seleta, Uncategorized on Jan 2nd, 2012
jorram parábolas lágrimas pródigas ; meu olho é pálpebra pra toda ópera
Posted in Uncategorized on Dec 31st, 2011
natureza viva ou morta não importa o que é do amor aqui se corta aqui se planta a beleza põe mesa pra janta do jeito que flor
Posted in Uncategorized on Dec 29th, 2011
saudades de amar na areia de mares que ainda nem sei ~ de ondas lambendo a orelha da sereia que serei
Posted in Uncategorized on Dec 28th, 2011
a morte não trema não deságüe a alma lusa quando a luz é forte não há dia triste que apague não existe problema que a musa não corte um poema
Posted in Uncategorized on Dec 23rd, 2011
olha, a linguagem ensina a mentira : o que se mira chama de imagem e o que se imagina … miragem .
Posted in haiquase / senryu / tanka, Uncategorized on Dec 14th, 2011
haiquase que cai? bota fé no samurai e sai de bashô … [mais um “poema incidental”, resgatado dos comentários ao poema ‘quiromance’ /2009 >> https://novoaemfolha.com/2009/10/quiromance.html ]
Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 11th, 2011
venta um ar vário varrendo as fendas e há folhas tantas atrás do armário … nas fundas sendas do itinerário vai pras calendas meu calendário .
Posted in Uncategorized on Dec 10th, 2011
finda a tarde cinza e só eu ouvi que é linda … o sol não faz alarde ao cair em si bemol .
Posted in Uncategorized on Dec 4th, 2011
ah se eu soubera que era só foda não fôra toda … amor espera que a vida roda e que se fôda !
Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 3rd, 2011
despertador toca lá fora , um sopro aflora de cada ninho : cantiga de acordar passarinho
Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 2nd, 2011
o peixe pisca ; pra isca que o pesca . [repescado da caixa de comentários do poema ‘água na boca’ (2009) >> https://novoaemfolha.com/2009/10/agua_na_boca.html ]
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 30th, 2011
por mais que eu minta minha folha fina e branca não estanca tanta tinta , por mais que eu tente (e tento opaca!) minha casca quando molha é transparente
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 29th, 2011
eu sou a ferrugem lenta e salgada que lambe e te come pela beirada ; dulcíssima fome que rói teus espelhos na vertigem dos meus lábios vermelhos
Posted in Uncategorized on Nov 28th, 2011
é claro que é válida essa chuva cálida mas a luz é pálida ; e eu que, branquela sei que o sol ardido mata esfola e péla , não sei viver crua … e espero o bandido que me restitua o dia colorido .
Posted in Uncategorized on Nov 26th, 2011
me enerva esse inveredicto , ipso facto … eu desempato no grito : minerva !
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 21st, 2011
o que quero? eu me pergunto : quero arte em cada assunto quero rir e gozar junto quero todo amor do mundo e se não for pedir muito quero melão com presunto .
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 18th, 2011
escrevo como quem fia , do emaranhado puxo um punhado até dar linha , e afino à unha a ver se me atrevo a chamar poesia ; escrevo como quem tece sem gabarito um pano curto de trama torta , a ver se amortece o impacto surdo do meu enlevo no céu finito ; […]
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 16th, 2011
estar morto ou vivo tem motor não tem motivo .
Posted in Uncategorized on Nov 14th, 2011
mormaço , mar baço , nuvens esparsas esgarçam uma sereia … das ameias a garça ave cheia de graça espreita carcaças pra ceia .
Posted in Uncategorized on Nov 14th, 2011
a maré molha : vai-se o mar ido , olha o mar vindo ~ amar é lindo .
Posted in Uncategorized on Nov 12th, 2011
deus fica brabo como o diabo com o fato triste de que só ele de fato existe .
Posted in Uncategorized on Nov 12th, 2011
a lua, um compasso traça halos tênues no céu noturno como anéis de saturno enlaçando os braços de vênus
Posted in Uncategorized on Nov 10th, 2011
meu canto é brusco meu arabesco é um tanto tosco meu lar é porto meu dente é torto meu rei deposto não tenho mastro não deixo rastro mostro no rosto meu quartzo é bruto meu conto é curto meu parto abrupto meu lusco é fusco não sei que busco mas corro […]
Posted in Uncategorized on Nov 3rd, 2011
cada ausência me enfia uma faca , a ardência cada dia mais fraca ,
Posted in Uncategorized on Oct 31st, 2011
não quero socorro onde morro . só corro pro abraço onde nasço
Posted in Uncategorized on Oct 27th, 2011
nem a morte é tão nefanda vista da varanda ~
Posted in Uncategorized on Oct 27th, 2011
de fato são como unha e carne nossas vidas ; tato em carne viva sob unhas roídas
Posted in Uncategorized on Oct 24th, 2011
já não creio mais no fulgor fugaz do luar que míngua ) na beira do cais só me amarra o freio da língua
Posted in haiquase / senryu / tanka, Uncategorized on Oct 15th, 2011
se fecha o clima , tenha eu sempre comigo o abrigo da estima , ,
Posted in Uncategorized on Oct 10th, 2011
só santo ou louco ama tanto quem ama pouco .
Posted in haiquase / senryu / tanka, Uncategorized on Sep 27th, 2011
a borboleta é a obra que devora a crisálida ~ vista fora do artista, toda crise é válida .
Posted in haiquase / senryu / tanka, Uncategorized on Sep 14th, 2011
asas no jardim ; quem semeia bem-me-quer colhe querubim … {nem a chuva de chumbo me desarcanja o mundo}
Posted in haiquase / senryu / tanka, Uncategorized on Aug 31st, 2011
micos nas telhas ; essa manhã promete frutas vermelhas . Foto: Analu Prestes .
Posted in Uncategorized on Aug 20th, 2011
por todo o sempre amor te espero avidamente . . a vida mente espero a morte porto do sempre
Posted in Uncategorized on Aug 5th, 2011
não dou trégua pra tua bonança: estrago-a com um barco cheio da minha saudade violenta tormenta no mar alheio é mansa tempestade em copo d’outro é água
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Jul 16th, 2011
um vento solar condensa a láctea via que me alimenta , ordenha imensas montanhas pra amamentar as minhas ventas
Posted in 100seleta, haiquase / senryu / tanka, Uncategorized on Jul 7th, 2011
o ousado goza ; o orvalho lambe o espinho e molha a rosa ,
Posted in Uncategorized on Jul 4th, 2011
< calix meus inebrians quam praeclarus est > paz nossa, que estais no céu, venha a nós o vosso rei nu, o pão nosso de cada dia, o azeite, o vinho, o mel, … assim na terra como no self.
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Jul 3rd, 2011
éter evaporo um perfume do vazio por cada poro
Posted in 100seleta, Uncategorized on Jun 29th, 2011
. o seu desleixo rolou pelo meu queixo como um seixo .
Posted in Uncategorized on Jun 26th, 2011
/ todo torpor é por enquanto , e quando por desencanto os sonhos e o corpo discordam , laços desmancham os nós das cordas que acordam o dia ; e mundos vêm ao chão que a morte não adia e um dia não há dia mais não ; e se nem é tarde , o […]
Posted in haiquase / senryu / tanka, poesia, Uncategorized on Jun 25th, 2011
, a mata ecoa murmurinhos que a rua acua e mata , refúgio da crua e rústica colcha acústica . .
Posted in 100seleta, poesia, Uncategorized on Jun 22nd, 2011
meu corpo aflito só tem fé nos elementos tenho pressa meu reino não é deste distrito nada menos que o sangue infinito me atravessa . . .
Posted in haiquase / senryu / tanka, Uncategorized on Jun 22nd, 2011
* o breu transborda ; noite longa dá corda no relógio de sol .
Posted in 100seleta, Uncategorized on Jun 19th, 2011
\ a dor é dura lâmina que me retalha a ânima em fatias muito finas , árdua finura que a minha mortalha fria examina sem qualquer intuito de cura . .
Posted in Uncategorized on Jun 18th, 2011
, sangro e sorrio e se choro um rio rio mais forte , se ardo em frangalhos mais eu gargalho por cada poro , mas se a dor não passa o riso perde a graça e eu coro , , , inspiro mais fundo e rio de morte humoribundo .
Posted in Uncategorized on Jun 16th, 2011
– tudo o que é grave pesa sobre o ar ; já o que é agudo lesa sob a tez , desfere brasa , fere a asa da ave , leve , apesar das leis . . .
Posted in Uncategorized on Jun 12th, 2011
. dói-me o pescoço de pensar sob o peso de ser leve e o prolongado esforço de ser breve .
Posted in 100seleta, haiquase / senryu / tanka, Humor, maledicência e filosofia barata (Christiana), poesia, Uncategorized on Jun 12th, 2011
, em última análise eu sempre prefiro uma fotossíntese .
Posted in Uncategorized on Jun 9th, 2011
poesia não é um vício , é o pleno e são exercício dos ócios do ofício .