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Category Archive for 'Uncategorized'

a fome

  sofro de ausência essa ardência no âmago esse estômago oco   no meio de um soco      

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a flecha

  meu poema não tem santo nem pajé que quebre o encanto do meu canto de iracema   não tem cacique que pare minha pena > uma seta de curare em sua reta      

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ponte da saudade

  saudade é uma ponte entre a ilha e o horizonte   longe de mim   na praia a canoa sem quilha com o nome na proa   marfim          

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o epitáfio

  pensando morreu um burro cantando morreu um bardo ¨já vou tarde desse mundo”   seguro morreu de velho zurrando morreu um soldado e no silêncio, um surdo   janis morreu de overdose da língua morreu o freud e o leminski de cirrose   até buda teve um bode morrer não é nenhum absurdo cristo […]

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o portulano

  em bom espanhol “la mar” é uma mulher e eu acho que eles têm lá sua razão   nenhum macho vai tão alto e baixo numa só onda   não há um homem que esconda tanto pesar em seu fundo   ou que abrigue um mundo tão rico e diverso e abissal por entre as dobras dos […]

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a ametista

  entre o verso e a frente de uma ideia assaz violenta   há de haver um recheio uma massa cinzenta   um caminho do meio entre o norte e o sul da coreia   entre o azul e o vermelho um roxo batata quase lilás violeta   um golpe de paz que arrebata o […]

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o lar

  diz a lenda que ao sul da ilha tem uma casa da cor do céu azul zinho   com nuvens esparsas   é lá que as garças cinzentas fazem ninho quando venta   e inventam asas      

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a oliveira

  do meio do monte vejo o vasto horizonte de que me afasto   subo à fonte o cálice cheio de mágoa e deleite   não há água que azeite tanta lástima   então eu rio   ;   à noite o ar frio decanta a mistura depura   uma lágrima furtiva se esquiva dos seus olhos […]

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a miragem

  a lua cheia tinge de bege a baía de guanabara   um mar de areia um saara   neblina esfinge o morro da urca como uma burca      

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o esplendor

  depois do raio o estouro depois da chuva a bonança depois do choro a alegria ; quando estia o sol transforma em ouro as águas de chumbo da baía    

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o celacanto

  zarpo do cais na última nau   nada de mau me abala mais o íntimo   me embala um ritmo que a noite entorna marítima   no céu incendeia um balão em forma de baleia      

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a lanterna

  sonho letras acesas e enfeito a casa   enfronho em sedas palavras em brasa   o enfadonho abecedário feito labaredas presas num aquário    

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o ato

  atitude é um passo em falso pra fora do cadafalso   é uma dança um salto alto de um pé descalço   é um risco um traço que toma de assalto o agora   é uma lança um laço que ata que solta um lenço   é um lance de dardo é um barco […]

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o círculo

  navios ao mar sigamos em frente a terra é redonda   de tanto afastar quem sabe se a gente ainda se encontra   o tempo é o lugar onde o corpo sente e o resto é onda      

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a guanabara

  que pasárgada que nada vou-me embora para lá vou ser amiga do rei na ilha de paquetá   serei a mulher que eu quero – luz del fuego, a moreninha – vou-me embora ser rainha eu sigo o farol que brilha   teu caminho escolherá a minha cama onde fores o mar é a […]

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a tempestade

  vendo-a tristonha à varanda disse próspero à sua filha:   a vida é um sopro que sonha não perdes por esperar   mira miranda tu és o mar cercado de ilha      

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  anjo de luz que passa   ave marinha cheia de garça          

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a diáspora

  já míngua a lua em mim agúa uma vez mais   me rasgo abro caminho corro escorro nua   o jorro o sangue das ancestrais pelos joelhos   como uma língua a atravessar eus e o diabo   do caos ao mangue pelos vermelhos em que esse mar   morto me instrua     […]

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a cicatriz

  faço prece ao meu umbigo – já pensou se eu não estivesse falando comigo agora?   o fato é que ninguém chora ou tem saudade de si   se a falta arde lá fora o buraco mora aqui      

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a barca

  na nau dos loucos dizem que uns poucos cantam à proa versos à toa os outros comem (menos um homem que diz “não sigam”) uns tantos brigam um grupo parte hoje pra marte outro mergulha tem uma agulha de ouro no fundo (mas todo mundo viu que não tinha) tem uma rainha que nasceu muda […]

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a torre

    alimento com óleos bentos meu farol no invisível arrecife   esquife esculpido em murmúrio e letra   pra que o casco dos olhos desatentos não espatife à luz do sol a mucosa sensível do planeta mercúrio      

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o bispo

  um verso iníquo me escarpa o mar como farpa me cega   navega imerso em líquor meu olhar oblíquo        

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a rainha

  um poeta que se preza não tem prega ; entrega       (em resposta a poema de Carlos Moreira)

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o elevador

  ora vê se não me amola com esse papo profundo de que no fundo do poço tem mola   pra subir há que ter força maior do que um edifício qualquer sapo sabe disso   o fundo do fosso é imundo e tem poça        

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o arco-íris

  a arte é vária e profusa nas 7 faces da musa   não há na verdade um cisma entre os verdes e os azuis dos 7 mil tons que um prisma reluz      

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ex libris

  ; no princípio era o bang pondo o caos sobre tudo   (abrir um livro pode ter criado o mundo)   e mais não disse . a pouca elipse   (um livro fechado é um criado -mudo)      

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sibila

  sou profeta nessas sílabas que saem das minhas ridículas folhas, cadernos, epístolas como sentenças, oráculos místicos símbolos rúnicos sibilando como víboras entre a língua e as mandíbulas palavras são formas físicas palpitando sob as túnicas piscando por trás dos óculos fórmulas mágicas únicas poemas têm forças trágicas ecoando como címbalos pela memória dos séculos     […]

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o dominó

  de um lado você tropeça   comigo sai tudo errado   passo a passo a gente cai peça a peça   ,   paciência é o tao   pau a pau pedra a pedra do caminho   ,   perda a perda essa merda é a sequência perfeita   se na queda a gente deita […]

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a pupila

maria eimmart viu a lua nos tempos de galileu e desenhou num papel , a maria já morreu mas o luar continua a mostrar a mesma face , se hoje à noite a lua nasce inda mais nova e mais cheia de sol na albina íris , também maria passeia o seu olhar que prateia […]

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o ritual

  como árvore que dança ao vento que lhe arranca as flores e deita fora na rua   colho com afinco cada miséria com a precisão de uma criança séria   deito nua nessa folha branca do agora   a hora em que brinco de achar que é cedo   de estar no começo da música errada […]

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o cinto

  sinto e calo . cada um sabe onde lhe aperta o falo        

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a fruta

  abro-me à visita da sua vista como revista que se abre ávida em cada página em que se imagina uma vagina        

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o mel

  enquanto houver telhas me assombro   também me cansa a poesia inútil das tardes vermelhas   deixemos o mundo às abelhas      

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o anjo

  alto lá seu moço seu silêncio é um grito agudo   cale mais baixo mais grosso mais fundo   seja macho diga algo bonito agora   ou eu levito e voo embora      

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a lágrima

  o pranto é o orvalho que aflora de dentro pra fora da planta   é o diamante do último instante antes da aurora   é a seiva viva do talho é a saliva é o orgasmo é a fonte santa   ,   o líquido espanto o espasmo de quem chora   respinga estrelas no manto de […]

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a pitonisa

  nasce da loucura de nuvens de amônia a face medonha atroz e perfeita de quem me procura do lado da fronha na câmara escura onde a luz me sonha quando o sol se deita      

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uma pérola para vermeer

  seu olho me monta me enfeita com o brilho de um brinco de gota , um pingo na ponta do meu cílio      

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a máscara

  minha mais cara persona : eu sou o avesso em carne viva sob a capa   altiva ofereço a outra face ao mesmo tapa   ; um fraco me escapa   apareço onde o disfarce desmorona      

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a tartaruga

  cada passo um peso que passa , cada ruga na cara uma linha de fuga da minha carapaça      

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a notívaga

  a noite vaga sem hora senhora de si vagabunda   o dia tem aonde ir o mundo concorda   a cor da noite é mais funda fenda tamanha   a sombra do sol me acorda saudades galácticas   estrelas me são simpáticas gente é estranha          

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odoyá

  dia de iemanjá me água uma sede boa , ar de concha à toa na rede de proa da escuna , líquido elemento onda de amar entro numa , já me quebra um mar por dentro , o resto é espuma                  

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impressão digital

. o melhor cego não tem medo do que vê . a dor é um prego . a poesia está no dedo de quem lê .      

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dédalo

  sinto não posso salvar seu horizonte dos becos de asfalto onde seus olhos secos se escondem do alto mar do meu labirinto .    

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lady newton

  apesar da poesia meu peso é preso a leis mesquinhas : contas todo mês fome todo dia e a morte no fim . pessoas são sozinhas . da solidez que solapa a si própria nem o papa escapa . de mim        

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a partitura

    ópera longa faço quatro (ou mais) atos sinfonia dos compassos dispersos de uma melodia que alguém ao longe assovia à espera dos meus versos compactos .          

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a agenda

  não tenho planos não quero nada ando ocupada sonhando oceanos   e se o meu tempo faltar um pingo ainda agendo morrer domingo    

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o veleiro

  a vela uma tela que inspira o vento pra dentro dela, a brisa uma prece que desliza e some no infinito, | o horizonte móvel, um arco ~ quando vou ao mar o mundo parece até um lugar bonito …   como nome de barco    

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o trocador

  não importa o sentido   todo caminho leva à morte a vida é só o transporte   trocando em miúdos troco o dó pelo sol sustenido   troco a dor de andar só por dinheiro (um trocadinho)   troco tudo pelo idílio de um grande amor passageiro   (com trocadilho)        

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a flor de ameixeira

  recolho o pranto às ameixas   deixe-as ou ame-as com fúria   calam-me infâmias calúnias   planto petúnias fúcsia colho begônia   nos jardins da insônia    

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a serpente

  o desejo é um desterro no paraíso , ter o outro é um erro tátil do juízo , não é fácil ser volátil como um beijo neste couro réptil em que rastejo            

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a videira

  quem ainda vinha vinde   quem definha finde   quem duvida cinde   a vida é um brinde ao breve   ,   quanto mais a uva passa tanto mais leve a taça que me bebe          

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o abismal

  sob a fina espessura humana tem um furo de infinita fundura   não passa a luz nem o escuro não passa   não tem submarino que possa com o fino da fossa das marianas   o nó da garganta a fenda do poço o findo caminho   ,   o oco da santa a […]

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o dervixe

  degrau em grau o discípulo dança   move-se em círculos no mesmo lugar contudo avança          

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    branco é o buraco negro que engole o meu olhar sanpaku        

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  vi pirilampos no ipê do meu quintal : árvore de natal      

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o quasar

  sonho uma estrela pura aura bólida pulsando o espaço   luz que sol vê-la me deixa lua sem terra à vista   objeto em órbita sou eu na sua assim de soslaio   trajeto é um traço o raio que dista do seu abraço        

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a onda

  vaga no mar divago   devagar apago o pesar da minha fita   meditar me edita      

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o incenso

  o ar da sua graça dá e passa   escurece você  some fumaça no breu   sua ausência não consome o aroma de romã da minha casa   sua cinza é vã   meu amor a brasa sou eu     .

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o ó

  essa vida só não é pão-de-ló rala o mocotó   levo no gogó sem goró nem pó sem forrobodó   calo o quiproquó teço o meu filó dou ponto sem nó   porém tenho dó de não ter xodó … ó!   canta o curió abre-se abricó meu borogodó           […]

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a dama de paus

  valete de copas perdido num castelo de cartas de amor   uns 7 copos de vidro sobre capas de disco voador   um quartzo rosa pra vencer o medo   um dedo de prosa num guardanapo   um anjo sem braço ornado com um laço de esparadrapo   ,   no caos do quarto me […]

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o exercício

  perdoar é perder o ar   deixar você deixar rolar dizer poesia   se não pode prender a inspiração , assopre-a   …   expirar é morrer   ;   solidão é o prazer da minha imprópria companhia                

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a porcelana

  um haicai de cada caco faço do estrago mosaico    

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a caça

  a fome de um homem mostra o seu dente marca o seu nome   :   a carne não mente você é quem você come          

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o arrebol

  quando o dia vinga e inda vaga a lua unha sobre a teia tênue de luz , vênus se insinua o astro-rei se inflama , o mar uma língua treme sobre a areia líquidos sedentos , obscenos os ventos com suas mãos redondas arrepiam ondas como corpos nus , a terra uma cama onde […]

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zenão

  perde o alvo quando mira forja o arco enquanto atira fura e salva cura e ferra   flecha objeto troço metálico fálico tóxico quando pára é paradoxo quando mudo berra   ;   se o voo é a meta o amor sempre acerta mesmo quando erra a seta      

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frente e verso

  um muro com um só lado não é coisa que se pense   ¿ acaso ou fado ?   o futuro a dois pertence    

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o túmulo

    a palavra viva que me salvaria natimorta esfria na tua saliva        

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vestígios

  o céu deixa um pedaço de si na poça depois da chuva   e a boca fica roxa depois do picolé de uva   na contramão da sua rua perdi um pé do meu sapato   no bolso de um velho casaco achei minha mão na sua luva        

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! eparrei

  onde é breu meu traço brilha   como aço dando um talho na manhã   não nasço eu raio   filha de iansã        

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o tricot

. novelos de versos idos em fios meus dias cumpridos , tessitura de cabelos tecidos dispersos , escura matéria morta que tudo embrulha , é muita linha torta pra pouca agulha .

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o enxoval

  soubera eu bordar fazia uma colcha amarela e roxa para a noite e o dia   de um lado eu dormia do outro era rede no meio era verde no fundo era o mar   uma colcha ancha roxa e amarela bordada de concha no fundo uma pérola        

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a água

  a substância de que sou feita é a lembrança de um entressonho da infância que diluo   sou o que suo o que sangro o que choro por cada poro   ora rio ora morro   ora escorro ora evaporo o oceano   ser o mar é meu humano brinquedo   desde cedo tudo imerso nada […]

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popol vuh

  na noite do apocalipse maia quero morrer na praia do mar morto   e amanhecer num porto na terra do filho   todos plenos do mesmo milho sob vênus   e o astro da guerra que se eclipse          

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a impermanência

  nada é eterno nem quando é lindo nem no cinema   acabou o caderno antes do fim do            

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summertime ’68

  janis sem jimi roque sem roll   nada nesse show me exprime   se eu gritar quem sou é crime      

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a fábula

  em nuvens desliza sonhando com a vida a bela adormecida   desmancha-se em ondas castelos de areia a linda sereia   mil e um tons de cinza borralha uma tela a gata cinderela   rubor que não estanca derrete-se ferve a branca de neve   …   o amor dando trova e o rei […]

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a rendeira

  samambaias e avencas às pencas infiltram as frestas os muros de cal   nas pedras o limo é lindo é limpo ver como as saias do tempo filtram o quintal das nossas festas          

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a alegria

  estia o avô e o neto vão passear   o dia abriu o teto solar      

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o ramalhete

  cai sobre a ponte a flor acesa do agora   a aurora pega o horizonte de surpresa      

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condensação

  passarada se recolhe mais cedo vai-se a cantoria   a luz desce a copa do arvoredo desfolha   parece que o dia encolhe quando molha      

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metalingüística

  toda língua é mole é dura tanto engole até que fura   trava a língua trova palavra tanto parva até que prova   baba lava a língua poesia tanto pinga até que expia   boba a língua é um dedo de prosa lambe o medo até que goza   ora quem não xinga não […]

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o cabelo

  atrás da pipa a linha voa ao léu rabiola   rebola e equilibra a fibra que alinha o céu da cachola   caraminhola alada serpente emplumada biruta de parapente   escuta o tempo sente corrente leste ascendente invento quente que vaza   ronda à solta à toa na réstia de uma brisa boa que a ponta […]

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lady macbeth

  o orvalho que lambe o corte dilui meus vermelhos ; glóbulos de espelhos   cada gota d’água dá à morte um tom mais ameno de mim   …   minha fúria é um jardim cheio de som e sereno        

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a promissória

  martelo e não prego meu nêgo não nego eu devo e não pago   eu fumo e não trago a pessoa amada de quatro em três tempos   eu choro e não mamo eu amo e não ligo eu sigo e não lembro   você nada eu ando caio e não consigo mas saio […]

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o sulco

  quando o não evapora um verso sopra no vácuo   verdades eternas;   a obra mora na dobra do universo   no sovaco da cobra   no vão entre as pernas        

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errância

  eu sou um lápis errando no espaço entre dois traços     eu sou um lapso      

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a bela

  qual vaidosa amante que se enfeita e posa nua entre o lençol   a lua minguante em nuvens se deita à espreita do sol      

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o meio-fio

  nem todo rato é pardo nessa úmida via nicho entre o bem e o mal   entre o bicho e o bardo é o tao que mia   miau        

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a onça

  procuro pegadas vestígios   poemas são armadilhas de ideias   alcateias caçadas no escuro refúgio das madrugadas    

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o pica-pau

  você jura, saracura mas é do bico pra fora vem cheio de quero-quero que pena, não é sincero me beija-flor quando eu falo pra depois cantar de galo , eu sou só uma andorinha mas faço verão sozinha gaivota voo pro mar … coruja demais sou sábia pra cair na sua lábia colorido colibri […]

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