a fome
Posted in Uncategorized on Apr 17th, 2013
sofro de ausência essa ardência no âmago esse estômago oco no meio de um soco
Posted in Uncategorized on Apr 17th, 2013
sofro de ausência essa ardência no âmago esse estômago oco no meio de um soco
Posted in Uncategorized on Apr 14th, 2013
meu poema não tem santo nem pajé que quebre o encanto do meu canto de iracema não tem cacique que pare minha pena > uma seta de curare em sua reta
Posted in Uncategorized on Apr 13th, 2013
saudade é uma ponte entre a ilha e o horizonte longe de mim na praia a canoa sem quilha com o nome na proa marfim
Posted in Uncategorized on Apr 11th, 2013
pensando morreu um burro cantando morreu um bardo ¨já vou tarde desse mundo” seguro morreu de velho zurrando morreu um soldado e no silêncio, um surdo janis morreu de overdose da língua morreu o freud e o leminski de cirrose até buda teve um bode morrer não é nenhum absurdo cristo […]
Posted in Uncategorized on Apr 10th, 2013
em bom espanhol “la mar” é uma mulher e eu acho que eles têm lá sua razão nenhum macho vai tão alto e baixo numa só onda não há um homem que esconda tanto pesar em seu fundo ou que abrigue um mundo tão rico e diverso e abissal por entre as dobras dos […]
Posted in Uncategorized on Apr 9th, 2013
entre o verso e a frente de uma ideia assaz violenta há de haver um recheio uma massa cinzenta um caminho do meio entre o norte e o sul da coreia entre o azul e o vermelho um roxo batata quase lilás violeta um golpe de paz que arrebata o […]
Posted in Uncategorized on Apr 6th, 2013
diz a lenda que ao sul da ilha tem uma casa da cor do céu azul zinho com nuvens esparsas é lá que as garças cinzentas fazem ninho quando venta e inventam asas
Posted in Uncategorized on Apr 5th, 2013
do meio do monte vejo o vasto horizonte de que me afasto subo à fonte o cálice cheio de mágoa e deleite não há água que azeite tanta lástima então eu rio ; à noite o ar frio decanta a mistura depura uma lágrima furtiva se esquiva dos seus olhos […]
Posted in CAIXA POSTAL, Uncategorized on Apr 3rd, 2013
a lua cheia tinge de bege a baía de guanabara um mar de areia um saara neblina esfinge o morro da urca como uma burca
Posted in Uncategorized on Apr 2nd, 2013
depois do raio o estouro depois da chuva a bonança depois do choro a alegria ; quando estia o sol transforma em ouro as águas de chumbo da baía
Posted in Uncategorized on Apr 1st, 2013
zarpo do cais na última nau nada de mau me abala mais o íntimo me embala um ritmo que a noite entorna marítima no céu incendeia um balão em forma de baleia
Posted in Uncategorized on Mar 29th, 2013
sonho letras acesas e enfeito a casa enfronho em sedas palavras em brasa o enfadonho abecedário feito labaredas presas num aquário
Posted in Uncategorized on Mar 29th, 2013
atitude é um passo em falso pra fora do cadafalso é uma dança um salto alto de um pé descalço é um risco um traço que toma de assalto o agora é uma lança um laço que ata que solta um lenço é um lance de dardo é um barco […]
Posted in Uncategorized on Mar 27th, 2013
navios ao mar sigamos em frente a terra é redonda de tanto afastar quem sabe se a gente ainda se encontra o tempo é o lugar onde o corpo sente e o resto é onda
Posted in Uncategorized on Mar 25th, 2013
que pasárgada que nada vou-me embora para lá vou ser amiga do rei na ilha de paquetá serei a mulher que eu quero – luz del fuego, a moreninha – vou-me embora ser rainha eu sigo o farol que brilha teu caminho escolherá a minha cama onde fores o mar é a […]
Posted in Uncategorized on Mar 21st, 2013
vendo-a tristonha à varanda disse próspero à sua filha: a vida é um sopro que sonha não perdes por esperar mira miranda tu és o mar cercado de ilha
Posted in haiquase / senryu / tanka, Uncategorized on Mar 19th, 2013
anjo de luz que passa ave marinha cheia de garça
Posted in Uncategorized on Mar 18th, 2013
já míngua a lua em mim agúa uma vez mais me rasgo abro caminho corro escorro nua o jorro o sangue das ancestrais pelos joelhos como uma língua a atravessar eus e o diabo do caos ao mangue pelos vermelhos em que esse mar morto me instrua […]
Posted in Uncategorized on Mar 16th, 2013
faço prece ao meu umbigo – já pensou se eu não estivesse falando comigo agora? o fato é que ninguém chora ou tem saudade de si se a falta arde lá fora o buraco mora aqui
Posted in Uncategorized on Mar 16th, 2013
na nau dos loucos dizem que uns poucos cantam à proa versos à toa os outros comem (menos um homem que diz “não sigam”) uns tantos brigam um grupo parte hoje pra marte outro mergulha tem uma agulha de ouro no fundo (mas todo mundo viu que não tinha) tem uma rainha que nasceu muda […]
Posted in Uncategorized on Mar 15th, 2013
alimento com óleos bentos meu farol no invisível arrecife esquife esculpido em murmúrio e letra pra que o casco dos olhos desatentos não espatife à luz do sol a mucosa sensível do planeta mercúrio
Posted in Uncategorized on Mar 14th, 2013
um verso iníquo me escarpa o mar como farpa me cega navega imerso em líquor meu olhar oblíquo
Posted in Uncategorized on Mar 9th, 2013
um poeta que se preza não tem prega ; entrega (em resposta a poema de Carlos Moreira)
Posted in Uncategorized on Mar 9th, 2013
ora vê se não me amola com esse papo profundo de que no fundo do poço tem mola pra subir há que ter força maior do que um edifício qualquer sapo sabe disso o fundo do fosso é imundo e tem poça
Posted in Uncategorized on Mar 5th, 2013
a arte é vária e profusa nas 7 faces da musa não há na verdade um cisma entre os verdes e os azuis dos 7 mil tons que um prisma reluz
Posted in Uncategorized on Mar 4th, 2013
; no princípio era o bang pondo o caos sobre tudo (abrir um livro pode ter criado o mundo) e mais não disse . a pouca elipse (um livro fechado é um criado -mudo)
Posted in Uncategorized on Mar 3rd, 2013
sou profeta nessas sílabas que saem das minhas ridículas folhas, cadernos, epístolas como sentenças, oráculos místicos símbolos rúnicos sibilando como víboras entre a língua e as mandíbulas palavras são formas físicas palpitando sob as túnicas piscando por trás dos óculos fórmulas mágicas únicas poemas têm forças trágicas ecoando como címbalos pela memória dos séculos […]
Posted in Uncategorized on Mar 1st, 2013
de um lado você tropeça comigo sai tudo errado passo a passo a gente cai peça a peça , paciência é o tao pau a pau pedra a pedra do caminho , perda a perda essa merda é a sequência perfeita se na queda a gente deita […]
Posted in Uncategorized on Feb 27th, 2013
maria eimmart viu a lua nos tempos de galileu e desenhou num papel , a maria já morreu mas o luar continua a mostrar a mesma face , se hoje à noite a lua nasce inda mais nova e mais cheia de sol na albina íris , também maria passeia o seu olhar que prateia […]
Posted in Uncategorized on Feb 23rd, 2013
como árvore que dança ao vento que lhe arranca as flores e deita fora na rua colho com afinco cada miséria com a precisão de uma criança séria deito nua nessa folha branca do agora a hora em que brinco de achar que é cedo de estar no começo da música errada […]
Posted in Uncategorized on Feb 21st, 2013
sinto e calo . cada um sabe onde lhe aperta o falo
Posted in Uncategorized on Feb 19th, 2013
abro-me à visita da sua vista como revista que se abre ávida em cada página em que se imagina uma vagina
Posted in Uncategorized on Feb 18th, 2013
enquanto houver telhas me assombro também me cansa a poesia inútil das tardes vermelhas deixemos o mundo às abelhas
Posted in 100seleta, Uncategorized on Feb 13th, 2013
alto lá seu moço seu silêncio é um grito agudo cale mais baixo mais grosso mais fundo seja macho diga algo bonito agora ou eu levito e voo embora
Posted in 100seleta, Uncategorized on Feb 11th, 2013
o pranto é o orvalho que aflora de dentro pra fora da planta é o diamante do último instante antes da aurora é a seiva viva do talho é a saliva é o orgasmo é a fonte santa , o líquido espanto o espasmo de quem chora respinga estrelas no manto de […]
Posted in Uncategorized on Feb 10th, 2013
nasce da loucura de nuvens de amônia a face medonha atroz e perfeita de quem me procura do lado da fronha na câmara escura onde a luz me sonha quando o sol se deita
Posted in Uncategorized on Feb 9th, 2013
seu olho me monta me enfeita com o brilho de um brinco de gota , um pingo na ponta do meu cílio
Posted in Uncategorized on Feb 8th, 2013
minha mais cara persona : eu sou o avesso em carne viva sob a capa altiva ofereço a outra face ao mesmo tapa ; um fraco me escapa apareço onde o disfarce desmorona
Posted in Uncategorized on Feb 7th, 2013
cada passo um peso que passa , cada ruga na cara uma linha de fuga da minha carapaça
Posted in Uncategorized on Feb 3rd, 2013
a noite vaga sem hora senhora de si vagabunda o dia tem aonde ir o mundo concorda a cor da noite é mais funda fenda tamanha a sombra do sol me acorda saudades galácticas estrelas me são simpáticas gente é estranha
Posted in 100seleta, Uncategorized on Feb 2nd, 2013
dia de iemanjá me água uma sede boa , ar de concha à toa na rede de proa da escuna , líquido elemento onda de amar entro numa , já me quebra um mar por dentro , o resto é espuma
Posted in Uncategorized on Jan 29th, 2013
. o melhor cego não tem medo do que vê . a dor é um prego . a poesia está no dedo de quem lê .
Posted in Uncategorized on Jan 28th, 2013
sinto não posso salvar seu horizonte dos becos de asfalto onde seus olhos secos se escondem do alto mar do meu labirinto .
Posted in 100seleta, Uncategorized on Jan 25th, 2013
apesar da poesia meu peso é preso a leis mesquinhas : contas todo mês fome todo dia e a morte no fim . pessoas são sozinhas . da solidez que solapa a si própria nem o papa escapa . de mim
Posted in 100seleta, Uncategorized on Jan 21st, 2013
ópera longa faço quatro (ou mais) atos sinfonia dos compassos dispersos de uma melodia que alguém ao longe assovia à espera dos meus versos compactos .
Posted in 100seleta, Uncategorized on Jan 19th, 2013
não tenho planos não quero nada ando ocupada sonhando oceanos e se o meu tempo faltar um pingo ainda agendo morrer domingo
Posted in Uncategorized on Jan 15th, 2013
a vela uma tela que inspira o vento pra dentro dela, a brisa uma prece que desliza e some no infinito, | o horizonte móvel, um arco ~ quando vou ao mar o mundo parece até um lugar bonito … como nome de barco
Posted in Uncategorized on Jan 10th, 2013
não importa o sentido todo caminho leva à morte a vida é só o transporte trocando em miúdos troco o dó pelo sol sustenido troco a dor de andar só por dinheiro (um trocadinho) troco tudo pelo idílio de um grande amor passageiro (com trocadilho)
Posted in Uncategorized on Jan 7th, 2013
recolho o pranto às ameixas deixe-as ou ame-as com fúria calam-me infâmias calúnias planto petúnias fúcsia colho begônia nos jardins da insônia
Posted in 100seleta, Uncategorized on Jan 3rd, 2013
o desejo é um desterro no paraíso , ter o outro é um erro tátil do juízo , não é fácil ser volátil como um beijo neste couro réptil em que rastejo
Posted in 100seleta, Uncategorized on Jan 2nd, 2013
quem ainda vinha vinde quem definha finde quem duvida cinde a vida é um brinde ao breve , quanto mais a uva passa tanto mais leve a taça que me bebe
Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 30th, 2012
sob a fina espessura humana tem um furo de infinita fundura não passa a luz nem o escuro não passa não tem submarino que possa com o fino da fossa das marianas o nó da garganta a fenda do poço o findo caminho , o oco da santa a […]
Posted in Uncategorized on Dec 27th, 2012
degrau em grau o discípulo dança move-se em círculos no mesmo lugar contudo avança
Posted in 100seleta, haiquase / senryu / tanka, Uncategorized on Dec 25th, 2012
branco é o buraco negro que engole o meu olhar sanpaku
Posted in haiquase / senryu / tanka, Uncategorized on Dec 24th, 2012
vi pirilampos no ipê do meu quintal : árvore de natal
Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 22nd, 2012
sonho uma estrela pura aura bólida pulsando o espaço luz que sol vê-la me deixa lua sem terra à vista objeto em órbita sou eu na sua assim de soslaio trajeto é um traço o raio que dista do seu abraço
Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 21st, 2012
vaga no mar divago devagar apago o pesar da minha fita meditar me edita
Posted in Uncategorized on Dec 19th, 2012
o ar da sua graça dá e passa escurece você some fumaça no breu sua ausência não consome o aroma de romã da minha casa sua cinza é vã meu amor a brasa sou eu .
Posted in Uncategorized on Dec 18th, 2012
essa vida só não é pão-de-ló rala o mocotó levo no gogó sem goró nem pó sem forrobodó calo o quiproquó teço o meu filó dou ponto sem nó porém tenho dó de não ter xodó … ó! canta o curió abre-se abricó meu borogodó […]
Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 17th, 2012
valete de copas perdido num castelo de cartas de amor uns 7 copos de vidro sobre capas de disco voador um quartzo rosa pra vencer o medo um dedo de prosa num guardanapo um anjo sem braço ornado com um laço de esparadrapo , no caos do quarto me […]
Posted in Uncategorized on Dec 16th, 2012
perdoar é perder o ar deixar você deixar rolar dizer poesia se não pode prender a inspiração , assopre-a … expirar é morrer ; solidão é o prazer da minha imprópria companhia
Posted in haiquase / senryu / tanka, Uncategorized on Dec 15th, 2012
um haicai de cada caco faço do estrago mosaico
Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 14th, 2012
a fome de um homem mostra o seu dente marca o seu nome : a carne não mente você é quem você come
Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 12th, 2012
quando o dia vinga e inda vaga a lua unha sobre a teia tênue de luz , vênus se insinua o astro-rei se inflama , o mar uma língua treme sobre a areia líquidos sedentos , obscenos os ventos com suas mãos redondas arrepiam ondas como corpos nus , a terra uma cama onde […]
Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 10th, 2012
perde o alvo quando mira forja o arco enquanto atira fura e salva cura e ferra flecha objeto troço metálico fálico tóxico quando pára é paradoxo quando mudo berra ; se o voo é a meta o amor sempre acerta mesmo quando erra a seta
Posted in Uncategorized on Dec 10th, 2012
um muro com um só lado não é coisa que se pense ¿ acaso ou fado ? o futuro a dois pertence
Posted in Uncategorized on Dec 8th, 2012
a palavra viva que me salvaria natimorta esfria na tua saliva
Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 7th, 2012
o céu deixa um pedaço de si na poça depois da chuva e a boca fica roxa depois do picolé de uva na contramão da sua rua perdi um pé do meu sapato no bolso de um velho casaco achei minha mão na sua luva
Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 4th, 2012
onde é breu meu traço brilha como aço dando um talho na manhã não nasço eu raio filha de iansã
Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 3rd, 2012
. novelos de versos idos em fios meus dias cumpridos , tessitura de cabelos tecidos dispersos , escura matéria morta que tudo embrulha , é muita linha torta pra pouca agulha .
Posted in Uncategorized on Dec 3rd, 2012
soubera eu bordar fazia uma colcha amarela e roxa para a noite e o dia de um lado eu dormia do outro era rede no meio era verde no fundo era o mar uma colcha ancha roxa e amarela bordada de concha no fundo uma pérola
Posted in 100seleta, Uncategorized on Dec 1st, 2012
a substância de que sou feita é a lembrança de um entressonho da infância que diluo sou o que suo o que sangro o que choro por cada poro ora rio ora morro ora escorro ora evaporo o oceano ser o mar é meu humano brinquedo desde cedo tudo imerso nada […]
Posted in Uncategorized on Nov 30th, 2012
na noite do apocalipse maia quero morrer na praia do mar morto e amanhecer num porto na terra do filho todos plenos do mesmo milho sob vênus e o astro da guerra que se eclipse
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 29th, 2012
nada é eterno nem quando é lindo nem no cinema acabou o caderno antes do fim do
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 29th, 2012
janis sem jimi roque sem roll nada nesse show me exprime se eu gritar quem sou é crime
Posted in Uncategorized on Nov 28th, 2012
em nuvens desliza sonhando com a vida a bela adormecida desmancha-se em ondas castelos de areia a linda sereia mil e um tons de cinza borralha uma tela a gata cinderela rubor que não estanca derrete-se ferve a branca de neve … o amor dando trova e o rei […]
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 27th, 2012
samambaias e avencas às pencas infiltram as frestas os muros de cal nas pedras o limo é lindo é limpo ver como as saias do tempo filtram o quintal das nossas festas
Posted in CAIXA POSTAL, Uncategorized on Nov 27th, 2012
estia o avô e o neto vão passear o dia abriu o teto solar
Posted in 100seleta, CAIXA POSTAL, Uncategorized on Nov 26th, 2012
cai sobre a ponte a flor acesa do agora a aurora pega o horizonte de surpresa
Posted in Uncategorized on Nov 25th, 2012
passarada se recolhe mais cedo vai-se a cantoria a luz desce a copa do arvoredo desfolha parece que o dia encolhe quando molha
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 21st, 2012
toda língua é mole é dura tanto engole até que fura trava a língua trova palavra tanto parva até que prova baba lava a língua poesia tanto pinga até que expia boba a língua é um dedo de prosa lambe o medo até que goza ora quem não xinga não […]
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 18th, 2012
atrás da pipa a linha voa ao léu rabiola rebola e equilibra a fibra que alinha o céu da cachola caraminhola alada serpente emplumada biruta de parapente escuta o tempo sente corrente leste ascendente invento quente que vaza ronda à solta à toa na réstia de uma brisa boa que a ponta […]
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 17th, 2012
o orvalho que lambe o corte dilui meus vermelhos ; glóbulos de espelhos cada gota d’água dá à morte um tom mais ameno de mim … minha fúria é um jardim cheio de som e sereno
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 14th, 2012
martelo e não prego meu nêgo não nego eu devo e não pago eu fumo e não trago a pessoa amada de quatro em três tempos eu choro e não mamo eu amo e não ligo eu sigo e não lembro você nada eu ando caio e não consigo mas saio […]
Posted in Uncategorized on Nov 14th, 2012
quando o não evapora um verso sopra no vácuo verdades eternas; a obra mora na dobra do universo no sovaco da cobra no vão entre as pernas
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 12th, 2012
eu sou um lápis errando no espaço entre dois traços eu sou um lapso
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 10th, 2012
qual vaidosa amante que se enfeita e posa nua entre o lençol a lua minguante em nuvens se deita à espreita do sol
Posted in Uncategorized on Nov 9th, 2012
nem todo rato é pardo nessa úmida via nicho entre o bem e o mal entre o bicho e o bardo é o tao que mia miau
Posted in Uncategorized on Nov 7th, 2012
procuro pegadas vestígios poemas são armadilhas de ideias alcateias caçadas no escuro refúgio das madrugadas
Posted in 100seleta, Uncategorized on Nov 4th, 2012
você jura, saracura mas é do bico pra fora vem cheio de quero-quero que pena, não é sincero me beija-flor quando eu falo pra depois cantar de galo , eu sou só uma andorinha mas faço verão sozinha gaivota voo pro mar … coruja demais sou sábia pra cair na sua lábia colorido colibri […]